quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Desconcedendo Homenagens

  Faz algum tempo assisti um vídeo muito chato.
  É um canal de filosofia no qual sou inscrito, já vi boas matérias.
  Previ mais ou menos como iria ser a conclusão, mas resolvi dar um voto de confiança, vai que eu fosse surpreendido positivamente ... não fui.

Tudo o que aconteceu na vida que você NUNCA viveu.
YouTube
  Resumindo bem:

  Um rapaz tímido se enche de coragem, fala com uma moça a qual ele tinha muito interesse.
  Ela corresponde, começam a namorar, com amigos em comum montam uma empresa, casam, tem uma vida muito boa.
  Tudo deu certo na vida do rapaz.
  Ou daria.
  O que aconteceu de "fato" é que ele não teve desprendimento suficiente para falar com a moça, nenhum sucesso aconteceu, viveu uma vida bem simplória.

  Dai vem aquele discurso de "auto ajuda" nos incentivando ao desprendimento.
  Na verdade nada disso é fato.
  Tudo é obra da imaginação do autor do vídeo.

  Podemos imaginar qualquer coisa, seja boa ou ruim, não tem limite.
  Tantos relacionamentos não vão pra frente.
  O rapaz poderia ter se aproximado e simplesmente ouvido um não da moça.
  
  Como seria minha vida se não tivesse convidado minha esposa para sair ou ela não tivesse aceitado?
  Não tem como saber, são infinitas variáveis.
  Qualquer coisa que eu ou minha esposa "especulemos" é só abstração.

 Exercício intelectual em que um objeto de reflexão é isolado de fatores que comumente lhe estão relacionados na realidade, “imaginação”.

 

  O vídeo voltou a minha mente quando li essa matéria que me indicaram.

                                                     

 “Na ditadura militar a escola era boa”.

  Essa frase, repetida inúmeras vezes, pode soar como verdade para alguns.

  Os fatos, porém, não parecem corroborar essa tese.  

  Diversos estudos e especialistas que se debruçam sobre o tema apontam que a Ditadura Civil-Militar (1964-1988) deixou marcas profundas na educação brasileira, entre elas, a prática de expandir sem qualificar.

 ➽Educação Integral

    

  Antes de continuar saibam que tenho críticas contra o regime militar.
  Quem duvida...

  A matéria indicada insinua uma "realidade paralela"  que não temos como saber se aconteceria de fato.
  Para quem tiver preguiça de ler, o resumo é simples.

  Estávamos caminhando para um futuro maravilhoso com João Goulart, os militares estragaram tudo.

  Acredite quem quiser.

   Não vou hipocritamente fazer o que estou criticando.
   Imaginar uma situação dantesca caso não acontecesse o Regime Militar.

  O que aconteceria se o Governo João Goulart prosseguisse normalmente?
  Ninguém tem como saber.

  A proximidade de Leonel Brizola e João Goulart com a URSS era notória.
  Poderíamos caminhar para uma ditadura tipo Cuba?
  Claro que sim.
  Apesar dos pesares poderíamos continuar em um regime democrático?
  Claro que sim.

  Meu posicionamento continua o mesmo, o passado passou.
  Não podemos confundir realidade com especulação sobre o que poderia ter sido.

  O que notamos claramente é que os que se opunham ao regime militar não pensavam em algo como Estados Unidos, Inglaterra, Canada...
  Eles defendiam aquele socialismo de países satélites da URSS, Estado bem controlador.
  Nada de muito bom saiu disso.
  Estaríamos melhor, estaríamos pior?
  Não tem como saber.


  Tudo isso para chegar ao que me provocou essa meditação...





 

  A Unicamp passou por menos confrontos que outras Universidades como USP e UnB.

  Zeferino Vaz, talvez através de Jarbas Passarinho, tinha mais simpatia do Regime Militar.
  Era mais "confiável" que estava concentrado em promover conhecimento que ideologias marxistas.
  Se Jarbas protegeu a Unicamp de uma repressão maior e os docentes em agradecimento resolveram agracia-lo com um titulo ... 


  Honoris Causa - Título honorífico, não comercial, concedido por universidades a pessoas por elas consideradas eminentes, que não necessariamente sejam portadoras de uma graduação acadêmica (ou diploma de ensino superior ou equivalente), mas que se destacaram em determinada área (artes, ciências, filosofia, letras, promoção da paz, de causas humanitárias etc.), por sua virtude, mérito ou serviços que transcendam famílias, pessoas ou instituições.   

  É um título concedido a pessoas que atingiram um alto nível de reconhecimento profissional e de feitos significativos, segundo o entendimento do corpo docente da universidade.

[Wikipédia]

 

  Deveríamos repudiar os docentes que concederam a honraria!?

  Vai se reunir um Conselho para analisar essa questão?
  Ou o revisionismo histórico "desconcedendo homenagens" só vale para quem não foi "gramscista" ou da "panelinha acadêmica"?

  Decifra-me ou te devoro!












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