sábado, 29 de junho de 2013

O Teatro

 “Há leis naturais e imutáveis, sem dúvida, que Deus não pode anular segundo os caprichos de cada um.
  Mas daí a acreditar que todas as circunstâncias da vida estejam submetidas à fatalidade, a distância é grande.”
[Allan Kardec]

  Kardec nessa exposição esta admitindo a possibilidade de que muitas coisas ocorrem ao acaso ou pelo menos admitindo que podemos dar um outro curso ao que estava “determinado”.

  Muitos acreditam que a vida é como uma fita de cinema onde nada pode ser alterado, tudo já está determinado, eu teorizo que a vida deve se assemelhar mais ao teatro.

  Tem os atores principais (os escolhidos) e os figurantes (as criaturas).

  Embora tenha um enredo, a peça mostrada em um dia nunca é exatamente como a apresentada no dia anterior e na dinâmica dos acontecimentos um figurante pode ocupar um lugar de destaque enquanto um escolhido pode até perder seu posto de protagonista, problemas familiares, drogas, doenças…

 Na impossibilidade de saber o que é fatalidade e o que poderia ser mudado, como Livre Pensador prefiro duvidar das fatalidades o que não significa ignora-las.

  Suponhamos que a "peça da sua vida " esta se desenrolando na escola, supermercado, shopping ... e cruze no seu caminho (adentre ao teatro) um desses caras com arma em punho atirando aleatoriamente.
 Talvez esteja escrito em algum lugar que você morre nesse atentado, numa fita de cinema esse roteiro é imutável, mas no teatro você pode tentar escapar, até onde você sabe isso não esta no texto ... quero dizer que quando você acordou esperava por um dia rotineiro.
  No meu caso, se tiver alguma chance imobilizo ou mato o "bandido".
   

  
  Na vida tudo já esta determinado como no cinema ou é um teatro de proporção descomunal aberto ao improviso?
  
  Minha aposta é que tem um roteiro, mas que pode ser alterado de acordo com nossas ações/atitudes.

    Cada um tem sua história particular, mesmo o mais humilde dos figurantes é o protagonista da SUA PRÓPRIA HISTORIA.


  Se você gosta do papel de bandido ou vítima do bandido, eu ao acaso decidi ser o mocinho.
  Se o "Diretor" (deus/espíritos superiores) não gostarem da minha atuação que me tirem da peça.

    “O homem deve se resignar e suportar os males sem murmurar, se quer progredir.”
[Allan Kardec]


  Comigo não violão 😆
  Vai tocar essa musica para outros ouvidos.
  Até onde sei não pedi para estar aqui. 
  Enquanto estou na peça vou atuando e improvisando a meu favor, a hora que acabar acabou.
  Quando fecharem as cortinas, “façam a festa enquanto eu me retiro”, espero deixar para trás um mundo melhor, pelo menos por onde passei, esse não é o papel do mocinho? 
  Gosto desse papel.

  




.