“Há leis naturais e imutáveis, sem dúvida, que
Deus não pode anular segundo os caprichos de cada um.
Mas
daí a acreditar que todas as circunstâncias da vida estejam submetidas à
fatalidade, a distância é grande.”
[Allan Kardec]
Kardec nessa
exposição esta admitindo a possibilidade de que muitas coisas ocorrem
ao acaso ou pelo menos admitindo que podemos dar um outro curso ao que estava
“determinado”.
Muitos acreditam
que a vida é como uma fita de cinema onde nada pode ser alterado, tudo já está
determinado, eu teorizo que a vida deve se assemelhar mais ao teatro.
Tem os atores
principais (os escolhidos) e os figurantes (as criaturas).
Embora tenha um
enredo, a peça mostrada em um dia nunca é exatamente como a apresentada no dia
anterior e na dinâmica dos acontecimentos um figurante pode ocupar um lugar de
destaque enquanto um escolhido pode até perder seu posto de protagonista,
problemas familiares, drogas, doenças…
Na
impossibilidade de saber o que é fatalidade e o que poderia ser mudado, como
Livre Pensador prefiro duvidar das fatalidades o que não significa ignora-las.
Suponhamos que a "peça da sua vida " esta se desenrolando na escola, supermercado, shopping ... e cruze no seu caminho (adentre ao teatro) um desses caras com arma em punho atirando aleatoriamente.
Talvez esteja escrito em algum lugar que você morre nesse atentado, numa fita de cinema esse roteiro é imutável, mas no teatro você pode tentar escapar, até onde você sabe isso não esta no texto ... quero dizer que quando você acordou esperava por um dia rotineiro.
No meu caso, se tiver alguma chance imobilizo ou mato o "bandido".
Na vida tudo já esta determinado como no cinema ou é um teatro de proporção descomunal aberto ao improviso?
Cada
um tem sua história particular, mesmo o mais humilde dos figurantes é o
protagonista da SUA PRÓPRIA HISTORIA.
Se você gosta do
papel de bandido ou vítima do bandido, eu ao acaso decidi ser o mocinho.
Se o "Diretor" (deus/espíritos superiores) não
gostarem da minha atuação que me tirem da peça.
“O homem deve se resignar e suportar os males
sem murmurar, se quer progredir.”
[Allan Kardec]
Comigo não violão 😆
Vai tocar essa musica para outros ouvidos.
Até onde sei não pedi para estar aqui.
Enquanto estou na peça vou atuando e improvisando a meu favor, a hora que acabar acabou.
Quando fecharem
as cortinas, “façam a festa enquanto eu me retiro”, espero deixar para trás um mundo melhor, pelo menos por onde passei, esse não é o papel do
mocinho?
Gosto desse papel.
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