segunda-feira, 15 de julho de 2013

Morrer com Dignidade

  “Para muitas pessoas, os filósofos são notívagos inoportunos que as perturbam durante o sono.”
 [Schopenhauer]

  É verdade, por isso decidi pelo isolamento tanto quanto possível.
  Não quero acordar as pessoas a não ser que elas desejem despertar.
  Por um tempo mandava meus textos para uma lista de e-mails, pessoas que eu tinha algum contato, depois de receber e sentir muita hostilidade parei com isso.
  Optei por Blogs e Redes Sociais.
  A hostilidade continua, mas são meios mais "públicos", ninguém é obrigado a ler o Blog, nas Redes Sociais quem não quer comentários em suas postagens é só desabilitar essa função.

   Mas nem tudo é xingamento e hostilidade, muitas pessoas me adicionaram, a filosofia atrai o interesse de muitos.
  "Schopenhauer" fica lá jogado em algum canto da Biblioteca/Internet ou esquecido em alguma estante até que alguém que deseja despertar é atraído por seus pensamentos.
  Foi assim comigo.
  Um dia encontrei Sócrates, outro Voltaire, Emerson, Confucio e tantos outros, não consegui mais adormecer meus pensamentos.
  Me deixei ser levado por meus amigos mortos pelas mais estupendas baladas.

  Muitos não gostam de ser acordados de suas ilusões e dogmas, os pensamentos trazem muitos dissabores, muita antipatia, somos demonizados.
  Acuadas pela lógica as pessoas se refugiam ainda mais em suas cavernas, seus dogmas.

  Para outros acordar é inevitável, quase um “destino”, sua mente vibra em uma “frequência” que inevitavelmente entrará em sintonia quando tropeçar em algum grande pensador.

  Meus amigos mortos ficam esquecidos na estante por algum tempo, mas são lembrados por séculos e séculos.
  Sempre tem que é fortemente atraído pela Filosofia e a divulga para outros não tão interessados, mas que são envolvidos pelas grandes e pequenas questões existenciais.

  Uma lenda diz que nossa curiosidade foi aguçada quando comemos o fruto do conhecimento.
  Por esse ato fomos punidos, pagamos alto preço, fomos expulsos de um paraíso.
  Já que pagamos tão caro pela capacidade de adquirir e produzir conhecimento é justo que a desfrutemos.
  Enquanto houver humanos haverá quem queira fazer bom uso da INTELIGÊNCIA e que ela atinja o estagio de SABEDORIA.

  Um salve para Eva, outro salve para Adão, não os culpo. 
  Eu também teria mordido o fruto ... tirado o pó daquele "Sócrates/Platão" esquecido na estante.
  A mediocridade é enfadonha, decifrar mistérios é FASCINANTE, como diria o Sr. Spock.
  A mente indo onde nenhum homem jamais esteve, desafiando o próprio Deus ou pelo menos a ideia que todos tem dele.
 Viver sem mestres nem livros “sagrados” (científicos ou religiosos)
  O Livre Pensamento nos levando além da imaginação, onde muitos sonhos se tornam realidade, a cura do câncer, viagens espaciais.

  Amarrando ao texto anterior ...

  Já temos conhecimento para realizar uma eficiente morte assistida que nos tire da vida quando ela já não faz mais sentido.

  Em um capitulo de House ele disse que não há dignidade na morte, depois de estar sem vida podemos fazer qualquer coisa com o corpo, cadáveres não reclamam de nada, não sentem dor.
  Só podemos tentar a dignidade em vida, morrer com dignidade não existe.
  Discordo do personagem no tocante a morte.
  Sim, existe viver com dignidade e um homem digno abomina se transformar em um fardo.
  

  Espero viver com dignidade até o ultimo dia de minha vida, e nesse ultimo dia morrer com dignidade ... usar algum eficiente método cientifico proporcionado pelo conhecimento.
  Não quero dar um tiro na cabeça, me atirar de lugar alto, espatifar meu corpo, cortar pulsos, tomar alguma droga que em geral provoca dores terríveis.
  Não vejo lógica em encerrar a vida de maneira tão dramática, sofrida para alguém querido que encontrar o corpo.

  Vou ficando por aqui, me desculpa se atrapalhei seu sono, volte a dormir ... tenha ilusão que a morte nunca vai acontecer com você ou com alguém próximo ...

  “Para muitas pessoas, os filósofos são notívagos inoportunos que as perturbam durante o sono.”

 .

Nenhum comentário: