Na minha vida já
encontrei diversas pessoas que só dão trabalho para outras.
“Para comprar drogas, Patrícia Teixeira
Ferreira já usou até o benefício da aposentadoria que a mãe recebe mensalmente.
-Ela pegava meu cartão e sacava cerca de R$
70,00.
Hoje,
tenho que esconder o cartão.
Contou a mãe, Osmarina Teixeira Ferreira.
- Minha
filha chegou a fumar 70 pedras de crack numa única noite. Já foi baleada e
esfaqueada e só tem 29 anos.
Não quero perdê-la, e ela quer ajuda.
A relação de Patrícia com as drogas começou
aos 9 anos, quando começou a usar maconha e cocaína, só não usou drogas
injetáveis (Segundo a mãe).
Há três meses, o consumo de crack
intensificou, a jovem não se alimenta, está tão fraca que não conversa mais.
A comunicação é toda feita por meio de
cartas.
Em outubro passado (2010), a jovem teve overdose
em casa, no bairro Vale Encantado, em Vila Velha.
Desesperada, a mãe ligou para o Serviço
Móvel de Urgência (Samu), mas não teve o pedido de socorro atendido.
Na
ocasião, a ajuda veio de um vizinho.
Atualmente, também é uma vizinha quem tenta
ajudar Patrícia.
Uma das soluções apontadas por ela foi uma
vaga no Hospital da Polícia Militar (HPM), referência em tratamento de
dependentes químicos.
Mas, segundo a família, a resposta foi negativa.
Entendo o
desespero e a luta da mãe, não quero de jeito nenhum estar no lugar dela, mas
tenho que analisar o caso da cidadã Patrícia com lógica e o máximo de isenção possível.
Por isso um juiz
não pode julgar uma pessoa que lhe é querida ou com a qual tenha alguma
relação, juridicamente chamamos de “conflito de interesses”.
Não sei o que
levou Patrícia a ter acesso a drogas com apenas 9 anos, a princípio podemos
supor que foi uma grande falha de seus “pais”.
Se tiver pai como
uma pessoa presente em sua vida, a matéria não fala nada sobre isso, só fala da
ajuda de vizinhos.
Nesse tipo de matéria
há sempre um grande apelo emocional a favor da “vitima” e cobrando ações do
estado/sociedade.
De qualquer forma
vamos dizer que com 15 anos Patrícia já sabia para qual caminho sua vida estava
seguindo, porque só agora com um mês de vida se propõe a mudar?
Se ela escapar
dessa alguém acredita que não voltará a se drogar, alguém acredita nessa
milagrosa mudança de caráter?
Já que dispomos de
poucos recursos seria melhor utiliza-los com quem tem chances mais claras de sobrevivência.
Quero dizer que
por mim Patrícia pode morrer e já vai tarde ... se não poupa nem a própria mãe
imagine o número de pessoas que já prejudicou friamente.
Na minha vida já encontrei
diversas pessoas que só dão trabalho para outras.
Muitos acreditam
que é coisa só de “pobre”, mas não é.
“De princesinha à exilada política, drogada desde os 13 anos, mãe aos
21, amiga de Cazuza e Andy Warhol, amante de mafiosos e traficantes, junkie de
heroína em Amsterdã, Neusinha viveu uma vida vertiginosa, entre o poder e a
marginalidade, prisões e fugas, escândalos e brigas com o pai, e pagou caro,
com muito sofrimento e humilhação no inferno das drogas.”
As drogas
prejudicam mais pobres e “excluídos”?
“10 Famosos que arruinaram suas vidas por
causa das drogas.”
Veja que são
pessoas em sua maioria bem nascidas, não são negros, pobres, “excluídos”.
Como em algum
momento viraram celebridades temos mais informações sobre suas vidas, mas não
se engane, há muitos “bem nascidos” anônimos que são um enorme transtorno para
colegas e familiares.
Enfim.
Tem gente que por
opções próprias vira um peso para muitos e ainda posa de “vitima”.
Se nasceu em
condições precárias coloca culpa nisso.
Se teve alguma oportunidade/sucesso
... coloca a culpa nisso!!
Lembram o que
escrevi no texto anterior:
A princípio não tenho
"ódio" do marginal, até lamento sua situação.
Nascemos com certas predisposições genéticas
não escolhemos o que sentir.
Não escolhemos
nossa “genética/sentimentos”, mas decidimos como agir diante do que sentimos.
Fraternalmente
gosto de ajudar quem está em dificuldades, porem minha vida já me é bastante
pesada (hoje nem tanto), não gosto de carregar muito peso extra,
ainda mais quando considero “causa perdida”.
Tem pessoas que
só dão trabalho, prefiro me manter afastado.
Escolhi agir assim.
Para
muitos é uma “vítima do sucesso” para eu é só mais uma idiota “talentosa”.
(Se bem que não aprecio seu
repertorio, respeito o gosto dos outros.)
.
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