sábado, 27 de julho de 2013

Peso Extra

  Na minha vida já encontrei diversas pessoas que só dão trabalho para outras.

  “Para comprar drogas, Patrícia Teixeira Ferreira já usou até o benefício da aposentadoria que a mãe recebe mensalmente.

   -Ela pegava meu cartão e sacava cerca de R$ 70,00.
   Hoje, tenho que esconder o cartão.

   Contou a mãe, Osmarina Teixeira Ferreira.

  - Minha filha chegou a fumar 70 pedras de crack numa única noite. Já foi baleada e esfaqueada e só tem 29 anos.
   Não quero perdê-la, e ela quer ajuda.

   A relação de Patrícia com as drogas começou aos 9 anos, quando começou a usar maconha e cocaína, só não usou drogas injetáveis (Segundo a mãe).
   Há três meses, o consumo de crack intensificou, a jovem não se alimenta, está tão fraca que não conversa mais.
   A comunicação é toda feita por meio de cartas.
   Em outubro passado (2010), a jovem teve overdose em casa, no bairro Vale Encantado, em Vila Velha.
   Desesperada, a mãe ligou para o Serviço Móvel de Urgência (Samu), mas não teve o pedido de socorro atendido.
   Na ocasião, a ajuda veio de um vizinho.
   Atualmente, também é uma vizinha quem tenta ajudar Patrícia.
   Uma das soluções apontadas por ela foi uma vaga no Hospital da Polícia Militar (HPM), referência em tratamento de dependentes químicos.
   Mas, segundo a família, a resposta foi negativa.

  Entendo o desespero e a luta da mãe, não quero de jeito nenhum estar no lugar dela, mas tenho que analisar o caso da cidadã Patrícia com lógica e o máximo de isenção possível.
  Por isso um juiz não pode julgar uma pessoa que lhe é querida ou com a qual tenha alguma relação, juridicamente chamamos de “conflito de interesses”.
  Não sei o que levou Patrícia a ter acesso a drogas com apenas 9 anos, a princípio podemos supor que foi uma grande falha de seus “pais”.
  Se tiver pai como uma pessoa presente em sua vida, a matéria não fala nada sobre isso, só fala da ajuda de vizinhos.
  Nesse tipo de matéria há sempre um grande apelo emocional a favor da “vitima” e cobrando ações do estado/sociedade.

  De qualquer forma vamos dizer que com 15 anos Patrícia já sabia para qual caminho sua vida estava seguindo, porque só agora com um mês de vida se propõe a mudar?
  Se ela escapar dessa alguém acredita que não voltará a se drogar, alguém acredita nessa milagrosa mudança de caráter?

  Já que dispomos de poucos recursos seria melhor utiliza-los com quem tem chances mais claras de sobrevivência.

  Quero dizer que por mim Patrícia pode morrer e já vai tarde ... se não poupa nem a própria mãe imagine o número de pessoas que já prejudicou friamente.

  Na minha vida já encontrei diversas pessoas que só dão trabalho para outras.

  Muitos acreditam que é coisa só de “pobre”, mas não é.

  “De princesinha à exilada política, drogada desde os 13 anos, mãe aos 21, amiga de Cazuza e Andy Warhol, amante de mafiosos e traficantes, junkie de heroína em Amsterdã, Neusinha viveu uma vida vertiginosa, entre o poder e a marginalidade, prisões e fugas, escândalos e brigas com o pai, e pagou caro, com muito sofrimento e humilhação no inferno das drogas.”

  As drogas prejudicam mais pobres e “excluídos”?

 “10 Famosos que arruinaram suas vidas por causa das drogas.”

  Veja que são pessoas em sua maioria bem nascidas, não são negros, pobres, “excluídos”.
  Como em algum momento viraram celebridades temos mais informações sobre suas vidas, mas não se engane, há muitos “bem nascidos” anônimos que são um enorme transtorno para colegas e familiares.

  Enfim.

  Tem gente que por opções próprias vira um peso para muitos e ainda posa de “vitima”.
  Se nasceu em condições precárias coloca culpa nisso.
  Se teve alguma oportunidade/sucesso ... coloca a culpa nisso!!

  Lembram o que escrevi no texto anterior:

  A princípio não tenho "ódio" do marginal, até lamento sua situação.
  Nascemos com certas predisposições genéticas não escolhemos o que sentir.


  Não escolhemos nossa “genética/sentimentos”, mas decidimos como agir diante do que sentimos.
  Fraternalmente gosto de ajudar quem está em dificuldades, porem minha vida já me é bastante pesada (hoje nem tanto), não gosto de carregar muito peso extra, ainda mais quando considero “causa perdida”.
 
  Tem pessoas que só dão trabalho, prefiro me manter afastado.
  Escolhi agir assim.

  
  Para muitos é uma “vítima do sucesso” para eu é só mais uma idiota “talentosa”.
  (Se bem que não aprecio seu repertorio, respeito o gosto dos outros.)



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