quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sobre Caráter

  “As causas não determinam o caráter da pessoa, mas suas ações são a manifestação do seu caráter”.
  [Schopenhauer]

  Acredito que se eu morasse em uma região de guerra onde convivesse com muitas mortes, mataria também por uma questão de “justiça” ou sobrevivência.
  No entanto faria tudo para me livrar dessa situação, transformar aquele lugar ou ir para outro onde não houvesse guerra.

  Não sinto prazer em matar, isso não faz parte do meu caráter.

  “Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo.
  É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes.
  O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua moralidade, o seu caráter.
  Os seus valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do seu procedimento e comportamento.”

   


  Como qualquer jovem também tive acesso a drogas, cigarros, bebidas... mas não fiz uso de nada disso por não fazer parte do meu caráter.

  É do meu caráter (personalidade/natureza) gostar da lucidez.
  Não sinto vontade de inebriar meus sentidos ... se bem que por vezes até seria interessante.
  Tanta lucidez incomoda, confesso que para suportar certos dias algum estimulante iria muito bem, mas me sentiria culpado, culpado de quê?
  De ir contra meu caráter, minha NATUREZA.

  Posso ir contra minha natureza desde que observe um motivo lógico, uma necessidade, como matar no exemplo dado no início da meditação.

  Porque estou reforçando isso?

Cada indivíduo nasce com uma natureza.

  Como isso é definido?
  Quem sabe ... vamos dizer que é uma combinação genética ao acaso dos genes maternos e paternos. 

  [Sei que muitos apostam que nascemos folha em branco e tudo mais é moldado pelo ambiente, se concorda com isso ... pare de ler o texto.]

  Quando escuto que amigos levaram um jovem para o “mau caminho”, não consigo ver esse jovem como vítima inocente justamente porque acredito que cada pessoa tem sua natureza.

  Nossas amizades são "compatíveis" com nossos gostos e interesses.

  Se o jovem tem amigos usuários de drogas é porque buscou esse tipo de amigos.
  Mas isso não é suficiente, eu tive colegas usuários de drogas e nem por isso uso drogas.
  Tive amigos gays nem por isso liberei o fiofó.

  Quero dizer que não importa se ofereceram drogas para o jovem ou se ele pediu.
  O fato é que é que por livre e espontânea vontade experimentou, sua natureza pedia isso.

   Para cada “amigo” que o convida para droga tem outros dez dizendo para não usar, alertando sobre o perigo do vício, tem o pai, a mãe, o professor, a mídia, a igreja…
  Porque culpamos as drogas e as companhias pelo “mau caráter” da pessoa?

  “Decifra-me ou te Devoro!”

  Um grande mal do nosso tempo é o vitimismo😩



.


Nenhum comentário:

Postar um comentário