quarta-feira, 20 de março de 2013

Presença Física

  




  Tem coisas que faço por prazer, outras por necessidade e outras porque apresentam bons resultados.

  No passado ia a casa de minha mãe, lá encontrava familiares, nos estendíamos em longos debates.

  Em contato com colegas de escola, trabalho ou igreja era a mesma coisa, o debate acontecia, o tempo ficava curto.

  Eu gostava ...  até perceber que o resultado era nenhum.

  Depois de minutos ou horas de conversa nada ficava na mente das pessoas.
  Na hora seguinte ao debate ou no máximo no dia seguinte, mesmo elas aceitando o que eu havia dito não mudavam uma virgula dos seus procedimentos, suas ações.

  Necessidade de passar a tarde conversando eu não tenho, nem sou uma pessoa que gosta de falar muito, prefiro o silêncio.

  Sem resultado nenhum não tenho prazer em debater.

  Entre ficar 3 horas jogando conversa fora e dormir, ler ou assistir um filme prefiro as outras opções.

  Muitos colegas e membros de minha família cobram minha presença física.
  Querem expor suas ideias “olhando olhos nos olhos”, se negam a debater via Internet.
  Dizem que eu "fujo" do enfrentamento cara a cara.
  Não sei com que base dizem isso, todos que já debateram presencialmente comigo, sabem que sou bom nisso.

  Ocorre até um "fenômeno" interessante.
  Eu começo meio atrapalhado como se estivesse trazendo para consciência meus arquivos mentais.
  Em dado momento um "arrepio" percorre todo meu corpo e pensamentos de grande efeito começam a acontecer.
  Incontáveis textos surgiram de conversas rápidas (ou longas), durante o debate surge aquele pensamento, argumento fascinante que eu anoto e desenvolvo o raciocínio.
  
  O problema é que o debate presencial é bem mais cansativo, no entanto o que mais me desmotiva nele é a falta de resultados.
  Gasto um longo tempo com o individuo (ou pequeno grupo) e percebo que ele não salvou absolutamente nada em seus arquivos.

  Debater na Internet é bem mais eficiente, uno o útil ao agradável.
  Dividido com outros todo meu conhecimento acumulado e fico em casa.   
  Debatendo com mais pessoas sempre há a possibilidade que alguém absorva alguma coisa.

  Qual resultado eu tenho?
  Ficam os textos.

   As palavras ditas o vento leva, as palavras escritas permanecem.

  Prefiro o debate escrito por que tudo fica registrado, "salvo em arquivos".

  Se a tecnologia me permite o conforto de estar na minha casa e obter melhores resultados ... não vejo razão para retomar antigos hábitos. 
 
  Sei que muitos familiares e colegas gostam de "jogar conversa fora", comentar amenidades, não tenho nada contra, mas  é um prazer deles não meu.
 Tenho  necessidade de algum resultado.

  A Filosofia para mim só faz sentido se puder acrescentar algum conhecimento, permitir uma troca de experiências, trazer algo que torne minha vida mais eficiente, que torne a vida do outro mais eficiente.

   A mudança não tem “obrigação” de acontecer, mas ela tem que ao menos ser “possível”.

  Se a pessoa discute por discutir só pra passar o tempo, prefiro usar de outra forma o meu tempo.


 

  

 Comentarista: Eu já vi muita gente tagarela, eu não tenho como saber se elas sabem do que estão falando, eu não sei.

   Para evitar esse tipo de problema, evito sair do apartamento.

William: Teve uma longa fase onde me interessava muito pela “tagarelice” das pessoas.
  Entre uma informação inútil e outra conseguia perceber seus mais profundos sentimentos e maneira de pensar.
  Depois foi me entediando ...

  

 

          

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