sexta-feira, 15 de março de 2013

Como explicar a Serpente?

 
👩 “O resgate kármico sempre acontece, mas não é do jeito talmúdico é a longo prazo.
  Se você matou uma criança numa existência passada o resgate kármico pode ocorrer com você salvando por sorte ou acidente a vida de uma criança desconhecida que pode ser a pessoa assassinada em outra existência.
  Se você atropelou alguém, e não prestou socorro, numerosos eventos nessa vida irão te levar a ter vontade de trabalhar num hospital para acidentados, ou a lutar pela melhoria de condições sociais para deficientes físicos.
  Isso é o que eu chamo de “justiça criativa”.
  [Nihil]

   Muiiiito criativa. 😊

  Se por “sorte ou acidente” eu posso ser induzido a resgatar algo de errado que fiz no passado então eu tenho que admitir que o erro poderia ter sido evitado pelos mesmos espíritos que me induzem agora a correção.

  Na Filosofia de boa qualidade não temos como deixar de fora a DIALÉTICA.

  Dialética é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que levam a outras ideias e que tem sido um tema central na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos.
  A tradução literal de dialética significa "caminho entre as ideias".
[Wikipédia]


  O Pensamento não pode ser de “mão única” e caso seja tem que ter uma ARGUMENTAÇÃO para explicar porque.

  Se "espíritos" ficam assistindo eu cometer o erro para depois agir de forma que eu o resgate em outra existência ... seria mais eficiente NÃO permitir que eu errasse nessa.

  Porque os espíritos podem interferir na outra existência e não nessa!?

  Imagine que eu persiga uma garota com intenção de estupra-la.
  Os “anjos” que protegem a garota deveriam de alguma forma fazer a polícia aparecer.
  Os próprios “anjos” que me acompanhassem deveriam agir de forma a me demover do pensamento.
  Os anjos da garota ficam assistindo, os meus fingem que não veem!

  Eu pratico o mal e depois tem toda uma burocracia/planejamento cósmico para que essa falha seja resgatada!?

  Para facilitar o entendimento dessa meditação esqueçamos os pequenos deslizes, alguma mentirinha, algum inconveniente, algum vicio sem grandes consequências.
  Não acredito em perfeição.

 As entidades agiriam preventivamente em questões mais sérias.
  No momento que eu fosse fazer mal a garota alguma coisa aconteceria me impedindo da ação.


  "Se você atropelou alguém, e não prestou socorro, numerosos eventos nessa vida irão te levar a ter vontade de trabalhar num hospital para acidentados."

  Esses "numerosos eventos" acontecem ao acaso?
  Não tem nenhuma inteligência/organização por trás deles?
   Fala sério, qual a probabilidade disso dar certo...

  Se existe alguma inteligência a prioridade deveria ser a PREVENÇÃO.

  O "Budismo" (doutrinas semelhantes) nos apresenta um complexo sistema de resgate kármico que não precisaria existir se houvesse ações preventivas.

  Parece aquele cientista maluco que inventou um remédio, perguntaram para ele para qual doença?

 "Calma!
  Eu inventei o remédio agora vou inventar uma doença que ele possa curar.”

  Percebam que os caminhos do budismo e cristianismo diferem, mas chegamos ao mesmo nó filosófico difícil de desatar.

  O mal poderia ter sido evitado por forças superiores, mas não foi.

  Como seres falhos inevitavelmente cometemos erros, isso vai criando dívidas que terão que ser resgatadas.
  No caso do Budismo as dividas serão resgatadas com boas ações em várias reencarnações.
  No caso do Cristianismo deixando de pecar e aceitando o sacrifício do cordeiro de Deus.

   Lembremos que segundo a lenda cristã o mal chegou até a humanidade por meio de uma serpente que simboliza a presença de Lúcifer no jardim do Éden.
   Segundo a Bíblia a entidade maior "Deus de Abraão" é onisciente, onipotente e onipresente.

  Como explicar que a tal serpente estivesse no Éden sem o conhecimento de Deus!?



  Tanto para Budistas quanto para cristãos deixo a mesma provocação:

  Qual a necessidade de criar um complexo sistema de resgates kármicos ou "sacrifícios celestiais"? 

“Decifra-me ou te Devoro!”


 “A morte apaga os pecados, recicla o espirito.
  Não há o que resgatar.”






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