domingo, 1 de setembro de 2013

Conselheiro Profissional

  “Por um lado, há casos de trabalhadores que se acham qualificados demais para determinadas vagas.
  Por outro, há empresas que não encontram o perfil de funcionário que buscam.”
 [Matéria na Folha, link desativado]

  Entendo bem isso.
  Por vezes passamos por processo de seleção tão rigoroso, com tantas exigências que acreditamos que o serviço na Empresa será algo desafiante e acima de tudo rentável.
 Deparamos com salário mixuruca e chances remotas de alguma promoção.
 O serviço, qualquer pessoa com um pouco de treinamento especifico de uma semana pode fazer, basta saber ler e escrever.

  “Perfil” também é algo bastante subjetivo.
  Tem a parte técnica onde a pessoa mostra seus cursos e experiência profissional na carteira.
  Suponhamos que sobraram dez candidatos “tecnicamente viáveis” o critério de desempate é puramente emocional.

   A vaga será de quem o entrevistador mais “simpatizar”.

  Um entrevistador gay (assumido ou não) pode preferir ter mais um homossexual na empresa e isso fazer a diferença.
  Por outro lado um “homofóbico” (assumido ou não) pode eliminar alguém justamente por essa característica.

  A entrevistadora lésbica pode preferir contratar a moça mais bonita pelo mesmo motivo do entrevistador mais ... digamos ... “libidinoso”.

  O entrevistador “crente” pode priorizar um evangélico assim como um ateu não quer mais um “crentinho” na empresa.
  Uma frase simples que você por acaso solte na entrevista como “Deus é fiel”, pode ser seu passaporte de entrada ou convite a se retirar.
  Tudo depende de quem está te entrevistando e tem poder para dar a vaga.

  O entrevistador está em posição de grande vantagem, pode perguntar quase tudo sobre você, tem seu currículo.
  Você não pode perguntar nada ao entrevistador, nem sabe se ele tem poder de fato para te garantir a vaga ou é só parte da burocracia da empresa.

   


  Diante dessa complexidade que conselho lhe dou?

  NÃO TEM CONSELHO NENHUM!

  Esse aqui é o primeiro Blog realmente de “auto ajuda”, se você mesmo não se ajudar a Filosofia não pode fazer nada por você.
  No entanto, acredito que enxergar um pouco mais que os outros pode ser muito vantajoso.

  Nas entrevistas seja “sociável”, mas não “falso”.
  Como não sabe emocionalmente o que vai contar pontos ou não seja você mesmo.
  Pelo menos se conseguir a vaga não terá que ficar fingindo ser outra pessoa.

  E se já está empregado?

  Se percebe que está em uma Empresa boa e mesmo assim anda um tanto desanimado, talvez como a maioria das pessoas você não goste do tipo de trabalho.
  Faça o que tem que fazer da melhor maneira possível (poucos conseguem trabalhar no que gostam) se aparecer uma oportunidade de progresso dentro da Empresa abrace, mas tenha em mente que qualidade de vida não é só quantidade de dinheiro.
  Se não “consegue se impor” talvez o cargo de chefia não seja o melhor para você.
  Vai ser tanta pressão que nem em casa vai conseguir relaxar.
  Quando aparecer uma oportunidade, não olhe só para o dinheiro que virá a mais, pondere também o aumento de responsabilidades.


  Você tem certeza que está em uma Empresa ruim?

  Pare de acumular dividas e faça poupança, é bom estar no azul antes de tentar outra empresa.

  Lembrei agora de uma Empresa que fiquei apenas uma semana, nunca pensei que faria isso, mas com meus conhecimentos foi tempo suficiente para perceber que estava em péssimo lugar.
  Dá muito MEDO desistir de tudo, mas é importante enfrentar nossos medos ainda mais quando a lógica nos mostra de maneira tão clara que os valores da Empresa não são os nossos.
  Um discurso na admissão muito bonito, mas ao conversar com os funcionários vi que era só mesmo um discurso bonito de admissão.
  O salário não era bom entretanto ficava ótimo com o “convite obrigatório” para horas extras, essa ilusão de valor satisfazia muitos indivíduos.
  Sou da opinião que hora extra não é salário, é uma situação emergencial ou deveria ser.

  Ao desistir de tudo vi a decepção da minha família comigo, mas sabem de uma coisa?  
  Fiz muito bem.
  Se ficasse naquela Empresa não teria o trabalho que tenho hoje, pois a carga horária era muito puxada, não teria tempo para estudar, nem o concurso teria prestado, folga ali era coisa rara.

  Enfim.
  As situações são muito complexas, muito particulares, cada caso é um caso.
  Os enigmas que a vida lhe propõe só você mesmo poderá decifrar.
  O que é importante para seu “conselheiro profissional” pode não ser para você, para ele por exemplo pode ser horrível ser puxa saco, mas você pode ser muito bom nisso e que mal tem em elogiar o chefinho … 😄 (Se é seu talento)

  Se meus conhecimentos lhe forem úteis de alguma maneira fico alegre, se não, jogue no lixo, ignore, não tenho grandes problemas com rejeição.

  Boa Sorte! Tudo de Bom!

  





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