“Por um lado, há
casos de trabalhadores que se acham qualificados demais para determinadas
vagas.
Por outro, há empresas
que não encontram o perfil de funcionário que buscam.”
[Matéria na Folha, link desativado]
Entendo bem isso.
Por vezes
passamos por processo de seleção tão rigoroso, com tantas exigências que
acreditamos que o serviço na Empresa será algo desafiante e acima de tudo
rentável.
Deparamos com
salário mixuruca e chances remotas de alguma promoção.
O serviço,
qualquer pessoa com um pouco de treinamento especifico de uma semana pode
fazer, basta saber ler e escrever.
“Perfil” também é
algo bastante subjetivo.
Tem a parte técnica
onde a pessoa mostra seus cursos e experiência profissional na carteira.
Suponhamos que
sobraram dez candidatos “tecnicamente viáveis” o critério de desempate é
puramente emocional.
A vaga será de quem o
entrevistador mais “simpatizar”.
Um entrevistador
gay (assumido ou não) pode preferir ter mais um homossexual na empresa e isso
fazer a diferença.
Por outro lado um
“homofóbico” (assumido ou não) pode eliminar alguém justamente por essa característica.
A entrevistadora lésbica
pode preferir contratar a moça mais bonita pelo mesmo motivo do entrevistador
mais ... digamos ... “libidinoso”.
O entrevistador “crente”
pode priorizar um evangélico assim como um ateu não quer mais um “crentinho” na
empresa.
Uma frase simples
que você por acaso solte na entrevista como “Deus é fiel”, pode ser seu
passaporte de entrada ou convite a se retirar.
Tudo depende de
quem está te entrevistando e tem poder para dar a vaga.
O entrevistador está
em posição de grande vantagem, pode perguntar quase tudo sobre você, tem seu currículo.
Você não pode
perguntar nada ao entrevistador, nem sabe se ele tem poder de fato para te
garantir a vaga ou é só parte da burocracia da empresa.
Diante dessa complexidade que conselho lhe
dou?
NÃO TEM CONSELHO
NENHUM!
Esse aqui é o
primeiro Blog realmente de “auto ajuda”, se você mesmo não se ajudar a
Filosofia não pode fazer nada por você.
No entanto, acredito
que enxergar um pouco mais que os outros pode ser muito vantajoso.
Nas entrevistas
seja “sociável”, mas não “falso”.
Como não sabe
emocionalmente o que vai contar pontos ou não seja
você mesmo.
Pelo menos se
conseguir a vaga não terá que ficar fingindo ser outra pessoa.
E se já está empregado?
Se percebe que está
em uma Empresa boa e mesmo assim anda um tanto desanimado, talvez como a
maioria das pessoas você não goste do tipo de trabalho.
Faça o que tem
que fazer da melhor maneira possível (poucos conseguem trabalhar no que gostam)
se aparecer uma oportunidade de progresso dentro da Empresa abrace, mas tenha
em mente que qualidade
de vida não é só quantidade de dinheiro.
Se não “consegue
se impor” talvez o cargo de chefia não seja o melhor para você.
Vai ser tanta
pressão que nem em casa vai conseguir relaxar.
Quando aparecer
uma oportunidade, não olhe só para o dinheiro que virá a mais, pondere também o
aumento de responsabilidades.
Você tem certeza que está em uma Empresa
ruim?
Pare de acumular
dividas e faça poupança, é bom estar no azul antes de tentar outra empresa.
Lembrei agora de
uma Empresa que fiquei apenas uma semana, nunca pensei que faria isso, mas com
meus conhecimentos foi tempo suficiente para perceber que estava em péssimo
lugar.
Dá muito MEDO
desistir de tudo, mas é importante enfrentar nossos medos ainda mais quando a
lógica nos mostra de maneira tão clara que os valores da Empresa não são os
nossos.
Um discurso na
admissão muito bonito, mas ao conversar com os funcionários vi que era só mesmo
um discurso bonito de admissão.
O salário não era
bom entretanto ficava ótimo com o “convite obrigatório” para horas extras, essa
ilusão de valor satisfazia muitos indivíduos.
Sou da opinião
que hora extra não é salário, é uma situação emergencial ou deveria ser.
Ao desistir de
tudo vi a decepção da minha família comigo, mas sabem de uma coisa?
Fiz muito bem.
Se ficasse
naquela Empresa não teria o trabalho que tenho hoje, pois a carga horária era
muito puxada, não teria tempo para estudar, nem o concurso teria prestado,
folga ali era coisa rara.
Enfim.
As situações são
muito complexas, muito particulares, cada caso é um caso.
Os enigmas que a
vida lhe propõe só você mesmo poderá decifrar.
O que é
importante para seu “conselheiro profissional” pode não ser para você, para ele
por exemplo pode ser horrível ser puxa saco, mas você pode ser muito bom nisso
e que mal tem em elogiar o chefinho …
😄 (Se é seu talento)
Se meus
conhecimentos lhe forem úteis de alguma maneira fico alegre, se não, jogue no
lixo, ignore, não tenho grandes problemas com rejeição.
Boa Sorte! Tudo de Bom!
Nenhum comentário:
Postar um comentário