[William Robson]
Li e ouvi incontáveis
vezes:
“Temos que enfrentar nossos medos.”
Não vejo lógica
em fazer isso, a vida é curta, prefiro gastar meu tempo perseguindo o PRAZER.
Suponhamos que
você tem 2 horas livres, gosta de jogar vídeo game e tem medo de baratas.
Entre o prazer do
jogo e ficar procurando baratas ... a opção me parece óbvia.
Digamos que você
tem medo de avião e avião não precisa fazer parte do seu meio de transporte,
que lógica tem em enfrentar esse medo?
Me parece muito
masoquismo ou desinteligência ficar combatendo medos gratuitamente, sem
necessidade.
“Para crescer como
pessoa”.
Tenho medo de
ficar doente, então deveria buscar a doença para provar para eu mesmo que posso
supera-la!!
Evito doença o
máximo que posso com higiene, boa alimentação e exercícios.
Você tem medo de engravidar, a
dor do parto?
É um medo justificável,
só o enfrente quando se fizer necessário.
Começou a doer
muito faça cesariana, não sofra mulher!
Tem medo de falar diante de uma plateia?
Não fale.
Poucas profissões
exigem que sejamos ótimos oradores.
Se isso passar a
ser um entrave profissional faça algum curso de desinibição ou curso de teatro
sem grandes pretensões.
O importante é que você
enxergue importância em enfrentar seu medo, perceba alguma vantagem/necessidade.
Se é só na
intenção de “provar” para si mesmo (ou outra pessoa) que pode fazer alguma
coisa da qual tem “aversão” ... considero desperdício de tempo e energia.
Dê um passo além, pense em 3D.
Descubra do que NÃO TEM MEDO.
Não ter medo de
altura (por exemplo) pode lhe render um bom dinheiro trabalhando em lugares
altos ou até muito prazer voando de asa delta ou saltando de paraquedas.
Fiquei sabendo de
uma mulher que era do serviço de limpeza, descobriu que não tinha problemas em
cortar pessoas, fez cursos, hoje está bem de vida fazendo necropsias.
Não tenho medo de
me expor ao ridículo escancarando minha mente, para eu nunca trouxe nada de
bom, mas já fez o sucesso de muitos escritores e compositores, Raul Seixas e Nelson Rodrigues são bons exemplos.
Enfim, criou-se
em nossa cultura esse “dogma” que temos que enfrentar nossos medos.
Se fossemos
enumerar todos nossos medos descobriríamos que são tantos que é melhor deixá-los
adormecidos em algum canto da mente, para que mexer com quem está quieto?
Tenho uma dica.
Evite confrontar seus
medos, mas NÃO evite pensar sobre eles.
Vamos a um
exemplo rápido e simples.
Lembro de na infância
ter tido muito medo de baratas.
Sabem como é,
casa de pobre, por vezes faltava dinheiro até pra comida imagine comprar
inseticida.
Baratas faziam
parte da minha vida.
Comecei a pensar
no “perigo real” que uma barata representava pra mim.
Fisicamente quase
nenhum, elas são frágeis, não picam, não mordem.
Fantasiamos que
podem entrar por nossos orifícios 😄 mas eu particularmente
não sei de nenhum caso.
Depois de meditar
cheguei à conclusão que o mais “nojento” nas baratas era o contato delas com
alguma comida.
Comecei a colocar
alimentos em embalagens que dificultassem o contato de qualquer inseto, até
hoje faço isso com um certo exagero ... confesso.
Depois de muitos
testes descobri que grampos para prender papéis são muito práticos para fechar
embalagens.
Em casa tem uma
porção deles.
Eu deveria ter
medo de ficar louco e ... tenho.
.
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