Faz algum tempo parei de gravar o Jornal
Nacional.
Estava conversando com minha esposa o JN
começou dei uma olhada, lembrei porque parei de assisti-lo.
Está bem entediante.
Vejam o exemplo:
“Em um
hospital de Belém com excesso de lotação uma mulher de 16 anos grávida de
gêmeos não foi atendida adequadamente e os bebês nasceram mortos.”
A Globo é uma
grande empresa, Belém é a capital de um Estado…sei lá, quais são as
probabilidades de que a Globo não disponha de um repórter próximo ao local?
Riam ou chorem o
que vem a seguir é tragicômico.
As câmeras são
ligadas em um aeroporto do Rio de Janeiro, as imagens colocadas no ar pelo JN
são as de um repórter se preparando para entrar no avião e ir fazer a
reportagem lá em Belém!
Ao invés do JN
ficar indignado com o atendimento prestado a grávida, poderia pegar o dinheiro
gasto no INÚTIL uso do jatinho para ajudar aquela instituição que visivelmente
está trabalhando muito acima de sua capacidade.
Os funcionários do hospital estão sendo transformados
em vilões, será que merecem?
Por favor, não
estou dizendo que o JN tem alguma obrigação de ajudar o hospital.
Os paraenses pagam seus impostos e mereciam
hospitais melhores, mas se o JN vai jogar o dinheiro fora e poluir o meio
ambiente com um voo inútil, poderia ao menos utilizar o tempo na TV e o
dinheiro em algo mais proveitoso, a caridade faria mais sentido.
Não resisti a
curiosidade e no outro dia, quando todos os jornais das outra emissoras já
tinham falado tudo sobre o caso o repórter do JN chega em Belém.
Dá para perceber
nos detalhes que quem fez a reportagem foi a EQUIPE LOCAL.
O repórter do
jatinho só ficou como porta voz, é um repórter sério e deve ter ficado em uma
situação constrangedora, mas o diretor do jornal teve esta ideia “fanstárdica”,
fazer o que, o chefe manda.
É incrível também o
tempo que o JN dedica a análises detalhadas das Bolsas de Valores como se o
grosso de nossa população entendesse alguma coisa sobre isso.
A gota d’água que
me fez parar de gravar o jornal foi certa vez que ficaram 3 dias falando sobre
uma baleia encalhada, haja paciência!
E não era uma nota rápida, eram pelo menos 5
minutos de matéria com entrevistados e imagens repetitivas.
A baleia morreu.
O JN tem tanto
ibope porque virou TRADIÇÃO, como não me prendo a essas coisas comecei a gravar
o jornal da Bandeirantes.
Apesar de tudo
desejo boa sorte ao JN, que reencontrem seus melhores dias.
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