quinta-feira, 8 de maio de 2014

Tradição

 

 “A tradição é a personalidade dos imbecis.” 
   (Albert Einstein)

   Por muito tempo casar virgem foi uma tradição que tinha razão de ser.
   Calma, não é machismo, sim lógica.

   Criar filhos não é fácil, trabalho para no mínimo dois.
   Até pouco tempo atrás não era fácil evitar ter filhos.
  O método mais eficiente, a pílula, só chegou ao Brasil em 1962, não era acessível a todos.
 (Surgiu nos Estados Unidos em 1960.)

  O aborto é muito antigo.

 
 A prática do aborto, envolvendo métodos físicos ou químicos, já era documentada em antigas sociedades orientais.
  Entre 2737 e 2696 a.C., o imperador chinês Shen Nung cita, em texto médico, a receita de um abortífero oral, provavelmente contendo mercúrio.  
  Porém, o risco da ingestão de substâncias nocivas para a saúde das mães, fez com que algumas sociedades e culturas preferissem realizar a prática do infanticídio, ou seja, a morte da criança após o nascimento.
  Quando os navegadores portugueses chegaram ao Japão, no século XVI, ficaram impressionados com a facilidade e frequência com que as japonesas matavam os seus filhos recém-nascidos.
  Em alguns lugares, adotavam-se métodos de aborto que causavam sério risco de morte para a mãe, como por exemplo, pancadas no abdômen e cavalgadas durante horas a fio a fim de matar o feto.

  Tanto na Grécia quanto na Roma antiga, o feto era considerado parte do corpo da mulher, e então parte da propriedade do homem.
  Desta forma, o aborto só podia ocorrer com autorização do marido.
  O aborto era defendido por Aristóteles como método eficaz para limitar os nascimentos e manter estáveis as populações das cidades gregas.
   Platão defendia que os abortos deveriam ser obrigatórios para mulheres com mais de 40 anos, como forma de manter a pureza da raça de guerreiros gregos.

 
  A moça, com a inundação de hormônios na adolescência, ficava cheia de desejo, mas o risco de engravidar não compensava.
  Mesmo em sociedades com culturas mais liberais em relação ao aborto o processo era arriscado.

  Pois bem...

  Observem que o pensamento em destaque de Einstein é muito profundo, interessante, observável.
  Muitos condenam ou incentivam alguma coisa simplesmente porque acontece há muito tempo, virou tradição, faz parte da cultura de um povo.

  Outro grupo interessante é o “revolucionário” que “quer acabar com tudo que está aí”.
  O que é considerado “velho” tem que ser substituído pelo que é considerado novo ... até esse novo ficar velho. 😏
 (O tempo passa para tudo e para todos.)

  O Livre Pensador tem que tentar sair dessas “armadilhas do pensamento”.
  Por vezes elas são tão sutis que o policiamento dever ser constante.

  Mais uma vez vemos claramente que o “passado” não foi essa maravilha que tantos sugerem se comparado com a sociedade atual.
  Tem essa “tradição” de enaltecer o passado e falar horrores da vida moderna.


  Meu posicionamento atual:

  Filosoficamente digo que o amor e o desejo sexual são facilmente confundidos principalmente na inexperiência da adolescência. 
  Só pode cogitar que um sentimento seja amor ou pelo menos uma compatibilidade de personalidades, depois de ter saciado o desejo sexual. 

  Com os modernos métodos anticoncepcionais a maior preocupação deve ser com DSTs.

  Já respondendo aos moralistas de plantão. 
  Tenho duas filhas, gostaria que elas fossem sempre minhas menininhas, mas entendo essa impossibilidade.
  Sempre desejei ter filhos saudáveis ... filhos saudáveis crescem, ficam adultos.
  Espero que minhas filhas tenham uma vida sexual satisfatória.
  Não se casem por conta de uma tensão sexual, mas sim porque encontraram uma pessoa compatível com elas a ponto de constituírem uma família, “tentar” um bom casamento.

  Acredito que um casamento com boas chances de dar certo tem que levar em consideração 3 elementos: Amor, dinheiro e sexo.
  (Vou falar de amor e dinheiro em algum texto no futuro, agora vou escrever sobre sexo.) 
  Uma mulher muito fogosa que case com um homem sem muita disposição terá enorme dificuldade em se manter fiel. 

  A vida não é exata, nenhum homem é exatamente igual a outro homem. 
   cara pode ser violento na cama, pode ter ejaculação precoce, pode não ser higiênico, pode ser excessivamente ativo enquanto a mulher tem desejo moderado. 
  O individuo muito ativo pode ser uma maravilha no começo, mas se a mulher é moderada, depois de um ano de casamento já não aguenta mais transar quase todos os dias.
  Aquele momento do sexo se transforma no mais desagradável do seu dia.
  A maioria das mulheres (se não todas) detestam transar “por obrigação”.
  Daí surgem as dores de cabeça, a mulher além de transar tem que fingir que está gostando.

  Enfim, partir para o casamento sem conhecer o cônjuge sexualmente é um risco muito grande para os dois lados, mas acredito que a mulher tenha que se preocupar muito mais com isso.
  Outra vez,  não é machismo.
  A mulher engravida e ter filho transporta o relacionamento para algo muito além do casamento.  
  Para o casamento existe o divórcio, divorciar de um filho é impossível, abandonar uma criança é algo terrível.

  Deve ser muito duro para uma mulher depois de passada a tensão sexual (que ela confundiu com amor) perceber que tem um filho que ela naturalmente ama enquanto o pai de seu filho é um ilustre desconhecido, alguém que ela tem que aturar, que nem sabe como foi capaz de casar e se apaixonar por ele.  
  Se ela tivesse transado antes do casamento esse engano provavelmente seria evitado e ela poderia ter ouvido a voz de algo desconhecido…O AMOR!


“Se nós tivéssemos fugido
E ouvido a voz
Desse desconhecido
O Amor!
Essa voz que chega devagar
Prá perturbar, prá enlouquecer
Dizendo pr'eu pular
De olhos fechados”


  
  Cuidado!
  Amor e Tesão são iguais Dengue e Chikungunya
  Apresentam os mesmo sintomas, mas são doenças diferentes.
😏









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