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Quem escolhe ser professor tem satisfatória noção do que irá enfrentar.
Afinal o indivíduo passou boa parte da vida em uma sala de aula, tá certo que foi como aluno, mas não é um ambiente totalmente desconhecido.
Paulo: Prestar serviço ao brasileiro é altamente desvalorizado.
Balconistas, enfermeiros, policiais, professores, qualquer tipo de "atendente" recebe agressões surpreendentes e desrespeito que não vejo serem aplicadas a maus políticos.
Para estes últimos só vejo palmas e sorrisos.
William: Só palmas e sorrisos para políticos!?
Menos né. 😏
Cada profissão tem suas dificuldades.
Paulo: Não vejo a população fazer com políticos o que fazem quando dão chilique em aeroportos, hospitais, etc.
William: Eu também não vejo recepcionistas sempre maravilhosos.
Uns 40% da minha vida profissional fiz atendimento ao público.
Paulo: Não vejo agressores dando chilique com quem atende mal.
Pelo contrário, atacam, justamente, quem presta um bom serviço.
Também tenho lugar de fala, uns 30% da minha vida profissional fiz atendimento ao público e estou fazendo.
William: E não tem funcionários que fazem menos do que deveriam fazer?
Certa vez só não fui demitido por ser funcionário público.
Os médicos “enrolavam” horas para dar o boletim médico aos familiares no pronto socorro.
Um dia abri a porta e deixei os familiares entrarem livremente...
Paulo: Concordo plenamente.
Não só estive na mesma situação que você como estou.
Mas não afasta o fato da maioria dos que atacam serem covardes e visam, na maioria dos casos, os que não negam nem atrasam serviço.
William: Sempre entendi que é por eu estar na “linha de frente”.
Se a pessoa pudesse xingaria o gerente, agrediria o dono da empresa, o diretor do órgão publico.😏
Quanto ao funcionário que faltou ou não está em seu posto ... dispensa comentários.
Quando tem vários atendendo e o público percebe que um é mais “lento”, não importa o motivo, a indignação é direcionada a ele.
Paulo: Estar na "linha de frente" é mais um motivo para ser respeitado.
É covardia mesmo.
Agora mostra um político envolvido com o Petrolão sendo tratado assim.
William: Vixe cara!
Todo mundo te destrata no atendimento!?
É algum trauma? 😏
Comigo a maior parte dos clientes eram muito respeitosos.
Gente barraqueira, folgada tem em toda parte.
Recentemente tentaram matar o político Trump, esse atirador representa a maioria dos eleitores!?
Paulo: Serem minoria não diminui os danos psicológicos aos "linha de frente", trazendo prejuízos a todos: abandonos da profissão, problemas de autoestima e vícios entre os profissionais.
Ainda não me deu o exemplo do político do Petrolão.
William: Se a pessoa não aguenta lidar com público, procure emprego na indústria.
Já cansei de ver pessoas que não tem perfil para uma atividade querendo colocar a culpa no mundo.
Procure um emprego que lide pouco com pessoas.
Sergio Cabral e tantos outros foram presos, se o STF soltou não dá para culparmos a população em geral.
Paulo: Se, por um lado, isso pode ser assédio, também pode ser o temor de responsabilizar alguém.
O que dizer de pessoas que não suportam ter de registrar queixa ou corretamente punir malfeitos na exata medida?
Pra procurarem outro emprego ou não viverem em sociedade?
William: Eu defendo que o principal responsável pela própria vida é o indivíduo.
Eu nunca registrei queixa de ninguém.
Não uso o Estado como muleta para qualquer coisa.
Mas cada um é cada um ...
Paulo: O amigo me enriqueceu muito, mas não me convenceu.
Apenas gostaria de observar que as percepções em nosso país dependem do tempo e do espaço em que se está.
William: Meu objetivo não é convencer ninguém de nada.
Sou “socrático”. 😏
“Não posso ensinar nada a ninguém, apenas fazê-lo pensar”.
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