👱 “Podemos não ter muitos motivos para nos sentirmos
completamente felizes por sermos “verde amarelos”, mas se ao menos, inventamos
esses motivos, parece que tudo fica um pouco melhor”.
[Nihil]
Parece que fica, mas não fica, até piora a maioria das
coisas.
.
Inventando
motivos para nos orgulhar ficamos mais alegres, mas eu chamo isso de alegria
de bobo.
Veja o que
acontece na compra de um carro por exemplo:
“Impostos
chegam a 40% do valor do carro
Tributo
no Brasil é quase o dobro da média de países emergentes como Argentina e China.
Já pensou em pagar por um Volkswagen Gol zero
quilômetro o valor de cerca de R$ 16 mil em vez dos R$ 26.530 cobrados nas
concessionárias?
[Matéria de 14/04/2008 –
pré crise]
Não se trata de promoção de montadora, mas sim
o que o carro custaria se chegasse às lojas sem os impostos que se somam ao
longo da cadeia de produção do veículo.
Essa diferença de 38% nos carros de até mil
cilindradas, mas que chega a 40% para as outras motorizações, representa a
carga tributária nominal, que inclui as cobranças sobre venda de ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), PIS (Programa de Integração Social ) e Cofins (Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social).
Essa
carga é altíssima.
Você não encontra nenhum lugar do mundo onde
se aplique carga tão alta.
Os países emergentes aplicam metade disso”,
afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT),
Gilberto Luiz do Amaral.
Segundo Amaral, na Argentina a carga
tributária acumulada é de cerca de 24%.
“Isso porque agora aumentou um pouco, mas já
foi de 20%”, observa.
Nos EUA, a cobrança de impostos também chega
a 24% do preço final, na Europa é 30% e na Índia e China, cerca de 20%.
E quem paga por tanta cobrança é o
consumidor, que arca também com os impostos que se somam ao longo da produção,
como os tributos sobre insumos, folha de pagamento, lucro etc. “Se for levar em
conta a carga tributária real, o valor é ainda mais alto. Se o veículo custa
100 e a carga tributária 40, o custo do veículo é 60.
A carga sobre o custo é de 67%”
Vamos um pouco
além para amarrar no texto sobre financiamento.
Suponhamos que
você financie um carro de 30 mil e seu valor final chegue a 40 mil.
Para ficar
redondo ficamos com a seguinte aberração:
O produto, o
carro em si, custou 10 mil, este é o valor que fica repartido por TODA a cadeia
PRODUTIVA.
O Estado fica com
20 mil! E os bancos com 10 mil!
Quando você
compra um carro zero, claro que fica alegre…ALEGRE DE BOBO.
O melhor do Brasil é … seu território magnifico.
O povo (cultura)
é uma triste comédia.
Como em minha
vida a “lógica de Ford” prevalece então até consigo rir de vez em quando, mas
gostaria que fosse diferente.
Queria fazer
parte de um povo do qual eu pudesse me orgulhar e não que fosse motivo de piada
para qualquer pensador minimamente observador e que conheça matemática básica.
Calma que ainda
fica pior, se o problema fosse só impostos já seria ruim, mas achamos “chique”
pagar caro, nossa noção de valor é deprimente.
“O City sai de Sumaré, vai para o porto de
Santos, navega 8 mil km num contêiner e chega às concessionárias mexicanas
custando R$ 33.500.
Aqui, o mesmo carro, da mesma fábrica, custa R$ 53.600.
Você pagaria R$ 6 mil numa geladeira?
Uma família de classe média até tem como
pagar R$ 6 mil numa geladeira – nem que seja financiando e parcelando a perder
de vista.
Mas não. Não paga. As pessoas acham R$ 6 mil
demais para uma geladeira. Mas com carros tudo muda de figura.
O brasileiro típico ainda acha normal
hipotecar a vida num carro.
E com a subida na renda média nos últimos
anos, R$ 50 mil, R$ 60 mil já parecem um preço ok por um carro razoável.
Mas não. Isso é preço de Mercedes lá fora.”
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