“Champinha levou a estudante até o
matagal, onde tentou degolá-la.
Depois, golpeou a
cabeça de Liana com uma peixeira.
Quando a estudante caiu no chão, o adolescente
ainda desferiu diversos golpes nas costas e no tórax da menina.”
No nosso sistema
legal temos atenuantes de pena e agravantes de pena.
Explicando de
forma bem tosca...
Você cruzou o
sinal vermelho, atropelou uma pessoa, cometeu um crime grave.
Se o semáforo
apresentava defeito é uma atenuante.
Se estava levando
para o hospital sua esposa em trabalho de parto (ou coisa do tipo) é uma
atenuante…
Se o atropelado
vier a falecer é agravante.
Se você estava
alcoolizado é agravante.
Em um processo de
“individualização da pena” o juiz procura circunstancias que ocasionaram o
acontecimento, procura por atenuantes e agravantes.
Sem esquecer o
principal.
Um delito foi
cometido, passar no sinal vermelho.
Teve consequência,
uma pessoa foi atropelada.
Pois bem.
Observei que o
"psicologismo" dos nossos dias torna o delito e as consequências detalhes
menores, o que conta são as atenuantes!
O foco é o que
levou o marginal a cometer o crime e não o crime em si.
Champinha ter
matado Liana é um detalhe menor, a ponta de um iceberg.
Para psicologia
nascemos folha em branco.
Um rapaz de 16
anos que comete um crime só pode ter algum problema mental ou ter sido
“estragado” pela sociedade.
Já não importa a
morte de Liana, temos que descobrir o que levou o pobre Champinha a esse ato de
loucura e tentar ajuda-lo.
Liana e Felipe já
estão mortos mesmo, “e nada os trará de volta”, esqueçamos deles e socorramos
quem realmente precisa de ajuda .... o marginal!
O Juiz busca a
individualização da pena.
O psicologismo/freudianismo
busca a coletivização da culpa.
Li muito sobre
esse caso, encontrei as mais diversas opiniões e argumentações.
Selecionei as
mais recorrentes.
👱 “Se ajudarmos/entendermos Champinha
resolveremos todos os casos de cidadãos como ele.”
Uma espécie de “jurisprudência
terapêutica” !?
Uma fórmula mágica
que vai identificar e curar um criminoso antes que ele cometa algum delito?
Tudo bem, é uma
proposta interessante.
Podemos investigar
a fundo sua vida pregressa, mapear o funcionamento do seu cérebro, colocar tudo
isso em um banco de dados.
Feito isso ... um
crime bárbaro foi cometido ... no caso de Champinha pelo menos os 30 anos em
regime fechado sem saidinhas deveria ser cumprido.
(Evidente que eu
preferiria a pena de morte)
🙎 “Champinha
vem de uma família muito pobre, seu pai teve um derrame, e certa vez Champinha
teve convulsões.”
Eu e milhões de
crianças nascemos em famílias bem pobres, meu pai abusava da bebida, batia na
minha mãe.
Nunca tive
convulsões, mas uma de minhas irmãs tinha muitas na adolescência.
Convulsões podem
ter inúmeras causas, minha filha com febre alta já teve convulsões, o Ronaldo
jogador teve convulsões, quem não conhece alguém que já teve convulsões?
Percebem que
filosoficamente não encontramos nenhuma atenuante conclusiva?
A “meu ver”
Champinha matou Liana e Felipe porque TEVE VONTADE, SENTIU PRAZER EM MATAR.
Pode ser algum distúrbio
neurológico no sentido de má formação do cérebro?
Até onde consegui
pesquisar nada desse tipo foi identificado.
Os psicólogos da intuição
onde Champinha foi recolhido atestam que seu comportamento é exemplar.
Me veio à mente
agora que:
Fosse Liana filha de um Zé Ruela igual eu “talvez” o caso não
tivesse tomado maiores proporções e com certeza Champinha estaria livre.
É comum lermos
nos jornais o encontro de corpos
mutilados, mas como não chama a atenção da mídia, não viram
prioridade para polícia e com pouca investigação são engavetados.
Será que foi esse
o primeiro crime cometido por Champinha?
Enfim.
Fundamentados no
DOGMA psicológico que uma pessoa menor de 18 anos não pode ser responsabilizada
por seus atos, esses menores, por pior que seja o crime cometido, saem da
Fundação Casa com a ficha limpa.
É proibido por
lei um civil investigar os delitos desses menores, nem seus nomes podem ser
publicados.
Pesquisei um
pouco e fiquei horrorizado com a capacidade que certos indivíduos tem de serem cruéis
desde a adolescência.
Gostaria de poder
publicar aqui algumas histórias terríveis, mas a identidade dos menores
obrigatoriamente deve ficar oculta, logo, seriam apenas historias deprimentes
sem nem ao menos poder apontar o monstro.
Descansem em paz
Liana, Felipe e todas as vítimas cujo caso não ficou famoso e permanecem apenas
como meros detalhes, uma nota no jornal, acidentes de percurso na vida de
monstros…
O mal venceu mais
uma vez.
Como desarmar o psicologismo que tomou conta da nossa cultura?
Confesso que não
sei.
Virou tradição as pessoas não questionarem a Psicologia.
😟
Champinha
confessou os crimes à polícia, disse que era o mentor do sequestro e afirmou,
sem remorso:
“MATEI PORQUE
SENTI VONTADE DE MATAR."
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