Até aqui o mais provável é que o sistema computacional tenha sido alterado por “funcionários” ou o “invasor” tenha clonado o código de acesso de alguém de dentro.
Ninguém é tão "pouco inteligente" a ponto de usar sua própria identificação para fazer desvios.
Logo, se descobrirem que o código de acesso usado foi do funcionário William, deve ser investigado, mas não dá para afirmar categoricamente que o William é o criminoso.
Quantos de nós já tivemos cartões clonados?
Prestem atenção agora.
Como foi descoberto que estava havendo desvio?
Uma pessoa física ou jurídica que deveria receber pagamento, não recebeu.
Porém o dinheiro foi transferido.
Que o dinheiro saiu dos cofres do governo é fácil averiguar, o saldo baixou.
Que quem deveria receber o pagamento não recebeu é fácil averiguar.
Na conta registrada para envio de pagamento não entrou dinheiro.
Demorou cerca de duas semanas até perceberem o desvio, de certo porque alguém reclamou de não receber o pagamento.
Para onde o dinheiro foi?
Os investigadores podem até chegar a uma primeira conta, mas depois disso quem bolou o esquema deve ter conhecimento o bastante para sumir com o dinheiro.
Não existe crime perfeito, mas esse é um daqueles que precisa de muito conhecimento técnico e “sorte” para desvendar.
Ir além dos possíveis laranjas.
A sorte está em alguém da equipe que roubou ter bobeado em algum detalhe e ter deixado rastro.
É difícil que seja obra de apenas uma pessoa, e se for, continua sendo alguém de dentro com muito conhecimento e acesso.
Esse é mais um texto para falar do nosso "indevassável" sistema de apuração de votos.
Um sistema que computa votos do Brasil inteiro deve ter técnicos com suas chaves de acesso que podem ser clonadas.
Quem desvia sabe que está desviando votos, mas quem votou não tem como saber.
Não é um pagamento que você tinha que receber e não recebeu.
Você votou no João, como não sabe a vontade de outros eleitores, se o José ganhou, "deve" estar certo.
Sua desconfiança, se houver, não tem como ser investigada.
Ficaria bem mais difícil para o fraudador interno se houvesse o comprovante físico do voto impresso.
Algo fácil para qualquer fiscal do partido acompanhar.
A urna X eletronicamente deu um resultado que bate ou não bate com a contagem física.
Se não bate dá para iniciar uma investigação, recontar fisicamente os votos daquela zona eleitoral.
Se bate ficamos mais tranquilos quanto aos resultados apresentados.
Nas eleições de 2022 foram usadas cerca de 577 mil urnas.
Separar 30 mil urnas aleatoriamente (5%) para checagem não me parece nada absurdo, impraticável ou "retrocesso".
Do jeito que está temos que confiar cegamente que o sistema de apuração é perfeito e que todos os funcionários envolvidos são anjos enviados por deus só para trabalhar no TSE.
O que mais me faz desconfiar do sistema de apuração é o TSE se recusar veementemente em acrescentar mais um elemento de segurança e aferição física, o voto impresso.
Muitos não
entendem porque defendo tanto o voto impresso se confio razoavelmente na
votação eletrônica.
São por coisas
como essas.
SE DER ALGUM
PROBLEMA ELES ESCONDEM E NÃO TEMOS COMO SABER, não tem uma prova física para fundamentar.
Quanta grana
sumiu na “invasão” do SIAFI.
Alguém já sabe?