Filosofia Matemática: Lugar de Fala

Efeito Dunning-Krueger é um fenômeno comportamental que faz uma pessoa achar que pode falar sobre qualquer coisa, quando na verdade não possui o preparo necessário para lidar com o assunto.
Descrito pelos psicólogos David Dunning e Justin Krueger, esse viés cognitivo se manifesta quando indivíduos com habilidades ou conhecimentos limitados em uma determinada área tendem a superestimar sua competência nessa área.
Em outras palavras, pessoas que sabem pouco sobre algo tendem a acreditar erroneamente que sabem muito mais do que realmente sabem.

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Psiquiatria é ciência.

Psicologia é "doutrina".

Doutrina é definida como um conjunto de princípios que servem de base a um sistema, podendo ser literário, filosófico, político ou religioso.

Um "principio" nesse caso é sinônimo de "fundamento", a base para o pensamento exposto.

Se o principio é um fato cientifico estamos no campo da ciência.

Se o principio é algo imposto, mesmo que não seja cientificamente comprovado, caminhamos para doutrina.

Alguém ou um grupo decidiu que alcoolismo é doença (só um exemplo) então é, não cabe contestações.

Exemplo fácil:

Faz parte da doutrina da maioria das religiões que conheço que somos espíritos; algo "imaterial" dá vida ao nosso corpo biológico.

Isso não é um fato cientifico.

No entanto observamos ou passamos por certos fenômenos que nos induzem a "crer" nisso, senão as religiões já teriam desaparecido faz tempo.

Vamos para o efeito Dunning-Krueger:

Podemos falar ou escrever sobre qualquer coisa?

Sim, isso é um fato cientifico.

Mesmo não tendo "preparo" para isso?

Se algum assunto nos interessa podemos nos preparar para ele, pesquisar, trocar ideias com outras pessoas.

No caso desses psicólogos a palavra "preparo" é um "principio" não fundamentado na ciência, é uma doutrinação.

Explico.

Praticamente é abolido a situação de autodidata.

Para o individuo estar "preparado" precisa pelo menos ter concluído uma faculdade naquela área de conhecimento especifico.

Porém, mesmo esse individuo formado não pode questionar a "sabedoria superior" de quem fez mestrado.

Mestrado: Dura, em média, 2 anos. Durante o primeiro ano, o estudante cursa disciplinas teóricas e, no segundo ano, trabalha na dissertação.

Esse "mestre" não deve questionar a "sabedoria superior do doutor.

Doutorado: Tem duração média de 4 anos.

Requer o dobro do número de créditos do mestrado e envolve pesquisa mais aprofundada.

Ou seja, você tem que ter "fé" que o doutor em qualquer coisa é o supra sumo da sabedoria naquele campo de conhecimento e tudo que ele disser é a mais pura verdade.

Não pense, não pesquise, simplesmente aceite porque o "doutor" já pesquisou e pensou por você...

(Geralmente repete feito papagaio o pensamento acadêmico que alguém pensou por ele.)

Nas áreas de exatas e biológicas (sem radicalismo) isso é mais "tolerável".

O ortopedista vê um osso quebrado, tem um método cientifico que ele esta preparado para realizar.

Porém, um auxiliar de enfermagem consegue facilmente informações teóricas sobre o assunto, de tanto ver o procedimento médico, consegue realizar o método com os mesmos resultados.

Na área de humanas onde os princípios são mais subjetivos ... cabe muita meditação.

Vamos para o exemplo fácil da psicologia.

Cada pessoa é um mundo.

Mesmo um Doutor em Psicologia não consegue saber exatamente o que se passa na mente do analisado.

Não tem um "método cientifico".

Se você fizer psicanalise em dez psicólogos cada um pode ter uma abordagem diferente, assim como o cristianismo que tem varias vertentes girando em torno da mesma doutrina.

No caso do cristianismo o livro sagrado é a Bíblia.

No caso da Psicologia, é o “Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos”, tendo como suporte o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.)