segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Instintivamente Racional


 “A razão faz com lentidão, e com tantas miras, sobre tantos princípios, que a cada momento se adormece ou extravia.
  A paixão faz num instante.”    
 [Blaise Pascal]

  A Filosofia deve ser praticada com tranquilidade.
  Nem sempre a situação permite e nessa hora a paixão/instinto fala mais alto, seguimos a “voz do coração”.

  Somos seres emocionais, nossos sentimentos devem ter grande peso em nossas decisões, mas na maioria das vezes a racionalidade deve prevalecer senão complica muito a vida, ficamos dependentes da sorte”.

  Minha estratégia para agir mais racionalmente é meditar sobre coisas que ainda não aconteceram comigo, mas que podem acontecer.
  Todo mundo consegue fazer isso.

  Você é uma adolescente de 12 anos?
  O mais provável é que ainda não teve relações sexuais.
  Pouquíssimas pessoas passam a vida toda sem ter relações sexuais ou sem se apaixonar por alguém.
  Você mais cedo o mais tarde vai passar por essas situações.
  Medite/Filosofe bastante sobre elas antes.

  Entenda a responsabilidade e dificuldade de cuidar de uma criança.
  Observe todo transtorno que provoca na vida daquela sua colega mãe solteira e até mesmo daquela que manteve o parceiro.

  É quase impossível que uma adolescente que engravide arque totalmente com as consequências.
  O mais comum é a avó da criança ser obrigada a se envolver em um oceano de situações problemáticas.


  Depois as pessoas “fingem” não entender porque a mulher é historicamente mais cerceada em sua liberdade sexual.
  É a família da “noiva” que fica com os maiores transtornos/responsabilidades.
  Lembrem-se que teste de DNA é coisa recente na história da humanidade.
  Mesmo com essa modernidade que identifica mais precisamente o pai da criança ... a biologia não mudou, é na barriga da moça que o feto vai se desenvolver.

  Dezesseis, dezoito anos é idade de estar experimentando o amor, a sexualidade, definindo uma profissão a seguir.
  A maternidade “racional” só deveria ocorrer a partir de uns 25 anos.

  Se a mulher absorver essa racionalidade com muita intensidade, mesmo naquele momento que estiver enlouquecida de paixão ou tesão, sempre virá a sua mente o uso da camisinha ou o uso correto da pílula, se não tiver condições básicas de segurança sua mente vai preferir NÃO TRANSAR.

    Atualmente estou classificando as mentes dominadas pela paixão como mentes inferiores.  
  
  Não confunda “ter paixão” com “ser dominado pela paixão”.

  Todos nós somos de uma certa maneira movidos pela paixão.
  Eu mesmo já escrevi várias vezes que um homem não deveria sobreviver mais que suas paixões, viver sem paixão é nos tornarmos mortos vivos, nos tornarmos zumbis.

  Que melhor definição tem para depressão profunda que “ausência de paixões”?

  Você simplesmente não se interessa por mais nada, fica apático diante da vida.
  Eu tenho paixão pela minha família, tenho paixão por Filosofia.

   Classifico como “mente inferior” aquela que não consegue direcionar eficientemente sua paixão.

  Para aproveitar o meu exemplo; o cidadão diz gostar da família e age como um tirano.
  Sua paixão é direcionada para desconfiar da esposa e intimidar os filhos.
  Ou o extremo oposto, SE ANULA para atender o máximo possível as necessidades da esposa e filhos.
  A racionalidade pede EQULIBRIO.

  Não devemos ter como ideal a ausência de paixões.
  Nem nos entregarmos a ela tipo ... “viver cada dia como se não houvesse o amanhã”.
  A lógica é a seguinte:
  Você só vai morrer uma vez.
  Em toda sua existência apenas uma vez não haverá o amanhã.
  Logo, se você não está na situação trágica de uma doença terminal ... o mais provável é que o amanhã virá e terá que responder por seus atos.

  Ser racional, principalmente nos primeiros anos de vida, dá mais trabalho.
  Mas depois vira um habito.
  Quando acontece uma situação a mente automaticamente vai pesando os prós e contras.
  Faz alguns anos que vivo essa situação interessante, nem sei como definir.
  Me tornei “instintivamente racional”. 😊
  É dificílimo para mim agir sem pensar.




 
 😆 😆 😆
  Quem pensa não mata.
  (A não ser em legitima defesa)
  Se você é um cidadão “convencional” (não está no mundo do crime) deve ter moradia fixa, emprego, familiares, amigos...
  De certo vai ter alguma motivação para matar e será facilmente identificado como autor do crime.
  Vai ficar preso ou viver fugindo.
  Nunca tive vontade de matar ninguém porque já meditei bastante sobre o assunto.
  Iria dar muito trabalho... não tenho paixão pelo trabalho. 😊
 





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