Pedro: Há uns anos atrás, ser médico ou você estudava pra car*lho tendo média 10 em tudo e entrava numa pública.
Ou era um aluno que tinha média 8 em tudo pra uma particular boa, com hospitais, internato, e muita prática.
Hoje tem faculdades particulares sem vestibular, com alunos nota 5 entrando, sem hospitais, sem internato, salas com mais de 100...
Uma OAB médica era o mínimo.
E haver uma nova prova a cada 10 anos para ver se o profissional se atualiza cientificamente.
William: Entendo, mas é mais uma daquelas profissões que passará por grandes transformações.
Na medicina uma das coisas mais difíceis é chegar a um DIAGNÓSTICO, saber o que tratar.
Por isso os médicos solicitam exames, o diagnóstico é de acordo com a análise dos dados que recebem.
Alguém tem dúvida que a inteligência artificial vai ser infinitamente mais eficiente?
Pedro: De qualquer forma colocariam um médico pra laudar, assim como já ocorre em ultrassom, tomografia e ressonância.
A maquina faz 90% do trabalho.
Como falhas mecânicas ocorrem, sempre haverá um humano atras pra conferir e carimbar embaixo...
William: É, mas tem a lei da oferta e demanda.
A medicina não é exceção.
Sarah: Fizeram um estudo recente com IA e pediatria.
A IA errou 87% dos diagnósticos.
Será mesmo que é mais eficiente ou apenas auxilia em casos complexos?
IA jamais vai substituir e ser infinitamente superior a uma boa anamnese e exame físico.
William: Caraca!
Pela sua foto de perfil me parece que tem no máximo 30 anos.
Você acha mesmo que a tecnologia atingiu seu limite!?
Sei lá, nem minha sogra que já tem mais de 70 anos pensa assim.
Em 2020, até eu que sou ligado nessas coisas, mal tinha ouvido falar de IA, cinco anos passaram e estão por toda parte.
Alexandra: Médicos, atualmente tratam exames e não seres humanos.
Foi feito um estudo no HC e eles viram que 80% dos exames eram desnecessários.
Somente com uma boa anamnese e exame físico teriam o diagnóstico.
Exames servem somente para confirmar o diagnóstico.
William: Em primeiro lugar, trabalhei 12 anos no HC Unicamp, médicos muito bons NÃO é o que predomina.
Seja por falta de dedicação ou falta de talento natural, a maioria é mediana.
E tem os que … se não fosse todo dinheiro e tempo empregado no curso teriam desistido no segundo ano.
Em segundo lugar, o medo do “erro médico” é uma constante.
E deve ser assim mesmo.
Doenças respiratórias (só um exemplo) são inúmeras.
É covid, dengue, tuberculose, gripe comum … gripe aviária?
O “achismo médico” já matou muita gente, minha esposa foi técnica de enfermagem, depois desistiu da profissão.
Muitas vezes a causa da morte (ou sequela) é barbeiragem de alguém (não necessariamente do médico), mas somos humanos, erros acontecem.
Talvez as IAs ajudem até nisso, sugerir quais exames seriam essenciais (de acordo com o histórico do paciente) e quais seriam preciosismo.
Angelo: Discordo do excesso de exames, em pacientes ricos; mas, há uma relativa preguiça com pacientes do SUS.
Poucos exames e muitos médicos em fase de aprendizagem.
Escolhi uma clínica famosa e particular, para fazer atendimento oftalmológico, esperando o médico de idade relativa a fama da clínica, e fui atendido por alunos, e o médico herdeiro, mal olhou pra mim, enquanto falavam de mim como se eu não estivessem presente!
No entanto, a quantidade de exames, não esqueceram um só!
Saí de lá chateado com uma pastas de exames e nenhuma solução, para minha visão de ceveró depois do acidente que tive; de vez em quando ver o objeto em dupla!
Um mais em cima e o mesmo mais abaixo!
Moral, outro médico disse-me que o grau levaria os olhos para a mesma direção!
E agora só vejo em duplas, se tiver cervejado! 😁
William: É repetitivo eu sei, mas ...
Para tudo na vida é preciso ter SORTE.
Nossa parte é tentar fazer o que nos parece mais
lógico.
O resto é a vontade dos deuses (para religiosos) ou caprichos do acaso (para ateus).
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