terça-feira, 22 de abril de 2014

Caridade Racional

 “Ricos são exigentes na hora de fazer doações.  
  Querem saber exatamente para onde irá o dinheiro, como será usado e recusam-se a ajudar uma instituição desconhecida.”

  Li essa reportagem com muita satisfação.
  Se parte significativa da população for mais racional, força o restante a ser também e os que não forem ... que arquem com sua burrice ou irresponsabilidade.

  Com nossa alta carga tributária de certo o Governo poderia ter ações mais eficientes de combate as mazelas da pobreza.
  Levar tratamento de esgoto, bons postos de saúde e eficiente sistema de ensino.
  Porém muito dinheiro some pelos ralos da corrupção e ineficiência administrativa.
  Antes de maldizer o Governo lembre-se que os políticos são eleitos.
  Se você vê indícios fortes de corrupção ou incompetência administrativa do político que votou e continua defendendo, votando nele e no grupo que o representa ... não dá para posar de vítima inocente.

  O tipo de governo eleito reflete a cultura de uma nação.

  Nada é definitivo, a cultura está sempre em transformação.
  Se individualmente formos menos tolerantes com corrupção e ineficiência, rapidamente ocorre a transformação política.
  No Brasil de 2 em 2 anos tem eleições.

  Por enquanto...
  Com tanta gente do nosso povo reelegendo corruptos só posso deduzir que isso faz muito parte da nossa cultura em todas as áreas inclusive da “caridade” (filantropia).

  Quem me garante que aquela instituição que diz ajudar os necessitados não utiliza a doação em proveito próprio?
  Seria ingenuidade da minha parte acreditar que desvio de verbas se limita ao meio político/público.

  Eu entendo a vontade de ajudar o próximo.
  Por “azares” da vida há pessoas em grande dificuldade, queremos aliviar seu fardo.
  Aquele cidadão com grave problema de saúde.
  Aquela criança que nasceu em família muito desestruturada.
  A pessoa que perdeu o emprego e está com dificuldades para se recolocar.
  Vítimas de tragédias naturais, acidentes...

  Infelizmente, assim como tem uma enormidade de gente pronta a ajudar tem outra enormidade de gente querendo lucrar em cima da sua boa vontade ou desgraça alheia.

  Devemos ser seletivos na hora de fazer caridade.

  Isso garante mais recursos para instituições sérias, honestas.
  Garante mais ajuda para quem realmente precisa e dificulta o desvio de dinheiro para malandros ricos, políticos ou “pobres”.






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