segunda-feira, 7 de abril de 2014

Deficit Fiscal


 “Renda anual de vinte libras, despesa de dezenove libras, resultado: felicidade.
  Renda anual de vinte libras, despesa anual de vinte uma libras, resultado: desespero.
[Charles Dickens]


    “Obama pede que Congresso aumente teto da dívida para evitar caos financeiro.”

  Sabe aquele filme que só tem bandido e você acaba escolhendo o bandido “bonzinho”, aquele menos violento, que até pensa em abandonar sua vida de crimes?
  Nesse "roteiro" da dívida Americana não consigo enxergar nem ao menos o bandido bonzinho.
  Todos os gastos previstos foram aprovados pelo Congresso e sabiam que não tinha dinheiro pra tudo.
  Obama não está assumindo agora a presidência, está nela desde 2009, tem pleno conhecimento que os gastos são excessivos.

  Nos filmes gosto de ver o bem detonando o mal, a justiça vencendo a injustiça.
 (Algo não tão fácil de observar na vida real.)
 
  O endividamento excessivo das nações é um grande mal e ninguém parece lutar contra isso.
😞

  Basicamente são duas situações:

a) O cidadão para se eleger promete mundos e fundos, o eleitor “quer acreditar” que há dinheiro para tudo e vota no indivíduo que obviamente não consegue cumprir o prometido, mesmo que seja honestíssimo e tenha ótimas intenções.
 (Nem vamos falar de interesses não republicanos.)

b) O eleitor está mais consciente, entende que é preciso adequar as receitas as despesas.
  Elege o candidato que promete mais responsabilidade com os gastos.
  Para isso é preciso cortes ou aumento de impostos.
  Pagar mais imposto ninguém quer, austeridade fiscal ... também não.
 
  Na situação “a” é caso perdido, a velha cultura do Estado Paizão.

  Na situação “b” o povo sabe o que tem que fazer, mas não faz pelo transtorno da reforma.
  É aquela dieta ou aumento das atividades físicas que fica sempre para o ano que vem.
  Daí mesmo que governante eleito tente fazer o que é preciso, cai nas pesquisas, perde apoio popular e com isso apoio no Congresso.
  As reformas ficam para um próximo governo...
 
  Vejam esse caso americano.
  Trazendo a situação para uma linguagem mais acessível a maioria, digamos que Obama quer aumentar o limite do seu cartão de crédito.
  Vamos hipoteticamente reduzir os números.

  O limite é de 20 mil, os USA já estão endividados em 30 mil.
  Obama não consegue pagar a dívida e mesmo assim quer aumentar o limite do cartão para 25 mil.
  No final das contas Obama além de não pagar os 30 mil que já deve vai contrair mais 5 mil em dividas que passarão a ser 35 mil.
  O que Obama ou seu “sucessor” fará depois é bem previsível, ampliação do limite do cartão para 30 mil.

  Qualquer um percebe que os gastos já foram longe demais.
  A nação americana está gastando dinheiro que não tem.

  Se um povo insiste em gastar mais do que produz, mais cedo ou mais tarde fica insolvente com todas as gravíssimas consequências, depois colocam a culpa no capitalismo!

  A cobrança de impostos não deve ser abusiva, precisa estar de acordo com a renda e posse de bens móveis e imóveis.
  A assistência social tem que caber no volume de impostos arrecadados.

  Nessa fase da humanidade, culturas desenvolvidas não deveriam mais ignorar pilares básicos do liberalismo econômico.
  Se fosse só os Estados Unidos já seria ruim, mas como são a maioria das nações é trágico.

  Combater o populismo e o vitimismo são os grandes desafios desse século.









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