“O número de malfeitores
não autoriza o crime.”
[Charles Dickens]
Quando escuto que o indivíduo votou num
político sabidamente corrupto e tenho a chance de questiona-lo, na maioria das
vezes ele diz:
“Todo mundo
rouba mesmo.”
Essa é a justificativa também daquele que
anula o voto, acredita que está fazendo um sensacional protesto até diz com
orgulho:
“Eu não votei em ninguém.”
Já pensaram se levássemos essa maneira de
agir para outras situações da vida?
Se um ladrão conseguiu roubar a minha casa, agora ele tem o “direito adquirido” de me roubar quantas vezes quiser!?
Ou por ter sido roubado não recebo
absolutamente mais ninguém em minha casa, pois “todos são ladrões”.
Santo/perfeito ninguém é.
A maioria das pessoas são “suficientemente
honestas”.
A pessoa não participa de crime porque tem
boa índole ou sua índole não é tão boa, mas morre de medo de ser exposta ou da
punição.
Evidente que tem os de má índole, se
candidatam já planejando falcatruas.
Observem que se deixarmos de votar em pessoas
sabidamente corruptas o ambiente político melhora rapidamente.
Se punirmos efetivamente (com prisão em
segunda instância por exemplo) ficam na política os honestos e os que por medo
se mantem na linha.
Ninguém tem bola de cristal.
De repente aquele cidadão com ficha limpa e
belo discurso que você votou, no primeiro mandato já se envolve em algum
escanda-lo e suas explicações não são convincentes.
Não vote mais nele.
Todas as eleições há um monte de candidatos,
até você pode se candidatar.
Não estou dizendo que a decisão é fácil.
Por vezes o candidato que você queria não
conseguiu se destacar, temos que partir para o voto útil.
Suponhamos que eu tenha Paulo, José, Edgar e
Antônio pedindo meu voto.
Se todos são ladrões é evidente que o lugar
deles é na cadeia.
Se eu apenas tenho dúvidas sobre a
honestidade deles é mais eficiente votar no qual tenho menos dúvidas sobre sua
honestidade e competência.
Se desconfio de todos o mais eficiente é
fazer um rodízio.
Ao invés de votar só no Edgar dando a sua
família e grupo político um poder quase imperial, votemos nos outros, dividamos
o poder.
Vamos supor que um tal de Pedro se candidate,
você sabe pouco sobre esse candidato, mas nada que à primeira vista o desabone,
pelo princípio básico que todos são honestos até prova em contrário esqueça
todos os outros que você já sabe que são corruptos e vote no Pedro, talvez ele
até seja honesto, existe esta possibilidade.
Entenda que seu voto é importante, mas é um
só.
Tem seis candidatos a Governador, nas
suas conversa diárias percebe que dois tem mais gente apoiando e não são os que
você quer.
Mantenha o voto no seu candidato, porem já
vai avaliando uma segunda opção.
Sou contra o
voto obrigatório.
Se não se interessa por política e economia é
até melhor que não vote.
Porém, uma vez que se predispõe a votar,
tenha bom senso.
Se com seu voto ou omissão o Congresso fica
cheio de “mal feitores”, como espera que não aconteçam crimes?
Você não autoriza o crime, mas fatalmente irá
acontecer.
Veja bem que,
NÃO
ESTOU FALANDO DE IDEOLOGIA DE QUALQUER TIPO.
Estou falando em não votar em desonestos ou incompetentes.
Se no Congresso tem “500 picaretas” cabe a
nós colocarmos lá 500 indivíduos honestos.
(O mesmo serve para vereadores,
prefeitos, governador e presidente)
Se o cidadão entende que se ele for picareta
não será reeleito, vai sentir necessidade de agir como honesto.
Não importa que dentro de si sinta uma enorme
vontade de desviar aquela verba de 1 milhão que iria para a merenda escolar, me
importa que ele NÃO desvie!
Nem que seja por MEDO de não ser reeleito ou
medo de ir para a cadeia.
Lembrei de uma canção que dizia mais o menos
assim:
“Se malandro soubesse como é bom ser
honesto seria honesto só por malandragem.”
Senhoras e senhores,
precisamos construir esse país onde seja bom ser honesto.
Socialista, capitalista, ateu, religioso, agnóstico,
homossexual, negro, branco, índio, homem, mulher, jovem, idoso ...
Por favor me ajudem!
.
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