O dia que meditando me descobri
criatura deu uma depressão danada.
Alguns colegas e familiares evangélicos dizem
que muitas das dificuldades que passei foi por frequentar o Kardecismo, se eu
permanecesse evangélico minha vida seria de vitórias.
Fico
pensando porque essas vitorias não ocorreram quando eu era evangélico!?
Antes de continuar peço que não pensem só em
dinheiro.
Vejam o caso da Gisele Bündchen.
(Só um exemplo entre tantos possíveis.)
Até onde sei é uma pessoa saudável, teve seus
namoros como qualquer mulher, hoje é casada tem um filho (Ou filha, não lembro),
sentimentalmente e fisicamente está bem.
Digo isso porque logo buscam uma "lei da
compensação" onde o rico é infeliz em todas as outras coisas e o cara
pobre é ruim de grana, mas feliz em todas as outras.
Se um rico separa logo dizem que é infeliz no
amor, como se na favela não houvesse separações.
Se um rico fica doente logo dizem: "De
que adianta o dinheiro"?
Como se pobre nunca ficasse enfermo.
Mas será que os colegas evangélicos tinham
razão, o Kardecismo foi minha ruína?
Essencialmente a raiz de todos os meus
problemas na fase adulta foi perder o emprego na empresa que tanto me dediquei.
Isso ocasionou também a falta de dinheiro,
mas vejam que o X da questão foi perder o emprego.
Ficar desempregado não acontece com evangélicos
!?
Um cunhado muito evangélico gostava de
trabalhar em uma grande empresa, dava para notar sua dedicação, no entanto
houve uma "reengenharia" lá ele perdeu o emprego.
Já fui evangélico e um dos pedidos mais
frequentes é justamente por emprego.
Lembrei algo interessante.
Durante todo tempo (cerca de 3 anos) que permaneci
evangélico foi como se estivesse desempregado.
Com dezesseis anos, dando muita atenção ao
pessoal do sindicato dos metalúrgicos, fui dispensado da empresa que
trabalhava.
Fiquei desempregado.
Com tempo sobrando fui a um retiro espiritual
da Igreja Presbiteriana, gostei, passei a ser evangélico.
Nessa fase de alistamento militar é difícil conseguir
emprego formal, mas com tantas orações e fé, Deus poderia me conceder essa
benção.
Uma boa ocupação informal já estaria bom, mas
nada.
Fiz um bico horrível de vendedor de produtos
naturais de porta em porta, andava muito, falava bastante com resultados lastimáveis.
Pedi muito a Deus para ser dispensado do
serviço militar ... também não fui atendido.
Enfim, na minha fase de evangélico, não encontrei
nenhuma boa lembrança.
Terminado o serviço militar mesmo com muitas
orações e fé foi dificílimo conseguir emprego e foi por um meio que a “ética cristã”
recriminaria.
O namorado da minha mãe me arrumou emprego na
fábrica de óculos, acontece que ele era um homem casado...
Eu detestei a situação, mas precisava desesperadamente
de emprego.
Na fase católica penso ter vivido pelo menos
um “milagre”.
A fase Kardecista foi de muita prosperidade
(para meus baixos padrões) até que ocorreu o fechamento da empresa de armações
de óculos.
Se eu tivesse permanecido evangélico minha
vida seria melhor?
Definitivamente não tem como saber.
Revisando o passado, o que consigo pensar
nesse momento é que se Deus tivesse me concedido a benção de um emprego razoável,
pelo menos assim que sai do exército, seria ótimo revitalizante para minha fé.
Como isso não aconteceu ... cada um tire a
conclusão que quiser.
O passado passou, não tem como mudar.
Daqui onde estou, se pudesse voltar, teria
parado de frequentar a igreja evangélica exatamente como fiz.
Não me arrependo de ter participado, me deu
muito conhecimento Bíblico, acredito que esse foi o maior legado deixado pela minha
fase evangélica.
Porém, conhecer profundamente a Bíblia ... não
foi um ponto positivo para manter a Fé, mas esse seria outro texto...
.
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