segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Amor vs Qualidade

  “Nunca amamos as pessoas.
   O que amamos são as suas qualidades.”
     [Blaise Pascal]

  Conheço tantas histórias de pessoas próximas onde essa “busca da qualidade” não é observável, mas não seria ético torna-las públicas.

  As pessoas se identificariam e ficaria tudo muito desagradável; vou manter todos os filtros e verificar se ainda sobra um texto aproveitável.

  Entendo ser atraído por qualidades.
  Não é que eu não gosto daquele colega menos favorecido pela inteligência, mas admiração mesmo tenho por aquela pessoa mais esperta, aquela mulher ou homem eficiente que faz a coisa acontecer.
  Para mim a inteligência é uma grande qualidade.

  Consigo admirar a inteligência mesmo quando ela é usada para o mal ou acabe me prejudicando.

  Nos filmes, quanto mais inteligente for o “bandido” mais inteligente tem que ser o mocinho, essa batalha de intelectos me atrai mais que corridas de carros ou explosões.
  Para mim efeitos especiais são até dispensáveis se não vierem bem amarrados no contexto.

   Ética, bom senso, empatia, honestidade ... são outras qualidades que admiro, por isso torço para o mocinho(a), por ter mais qualidades que o bandido.

  No mesmo plano de pensamento...
 
  Mulher quanto mais bonita, inteligente independente, ética ... mais eu admiro.

  Nos meus tempos de namoro já desisti de tornar mais séria uma relação porque apesar da beleza e simpatia a garota era uma mosca morta, não dava para me imaginar criando filhos com uma pessoa tão limitada.
  Nunca pretendi me casar para ficar carregando uma mulher nas costas.
  O casamento deveria ser uma divisão JUSTA de responsabilidades ou preferia não casar.

  Por vezes independe da vontade da pessoa, é a personalidade dela.
  Aquela mulher que não tem iniciativa pra nada ... não vai mudar magicamente depois do casamento.
  Mas isso não é necessariamente mal para qualidade de um casamento.
  Há inúmeros homens (talvez a maioria) que adoram ter uma companheira mais dependente.
  Tudo é uma questão de adaptação, achar a “personalidade” que se encaixa melhor a sua.


  Logo:

  Entendo o amor ocorrer naturalmente quando buscamos qualidade e/ou uma personalidade compatível a nossa.

  O que não entendo (mas observo e tenho que aceitar) é quando uma pessoa que admiro por suas qualidades se apaixona por alguém que não encontro qualidades!
  (Por favor, claro que todo mundo tem alguma qualidade, estou exagerando um pouco para tentar me fazer entender.)

  Perfeito ninguém é, até porque tem a questão do “gosto”.
  Se a moça gosta de homem bastante falante aquele mais silencioso perde pontos.
  Mas com aquela moça que gosta do homem mais reservado o silencioso ganha pontos.

  Vamos supor que o homem tem algumas falhas, mas compensa isso com uma qualidade excepcional, é muito rico, ou bonito, inteligente, simpático, enfim alguma qualidade cujo brilho ofusque seus defeitos.
  Só para ilustrar.
  O cidadão é meio relaxado na forma de se vestir, mas é bonito, cuida bem do corpo.
  O cidadão é meio “gastão”, mas tem boa renda, consegue ganhar mais do que gasta.
  O cidadão não é “bom de cama”, mas é um parceiro formidável/confiável em tudo mais.


  Entretanto...

  Quem não conhece aquele cara com muitos defeitos e pouquíssimas qualidades que a moça se apaixona perdidamente?

  Todo mundo se pergunta, o que ela viu nele?

  (Estou falando da minha posição de homem, mas claro que com mulheres é a mesma coisa, tem cara que se apaixona por mulheres pra lá de “complicadas”)

  Pessoas iguais eu e Pascal realmente nos apaixonamos pelas qualidades, mas nós não somos a medida de toda humanidade.

  “O amor tem razões que a própria razão desconhece.”

   Já vi colegas de quatro por mulheres que sinceramente dá vontade de dar uma marretada na cabeça dele para ver se acorda ou dorme de uma vez, o cara só pode estar com alguma alucinação, não é possível.

  Mas em termos de relacionamentos, no geral, as mulheres são mais “problemáticas” que os homens.
  Homens fazem muita besteira por causa de sexo, mulheres realmente se envolvem emocionalmente.

  Um exemplo fácil, bem visível e mensurável ...antes de me taxarem de machista.

  Sei que nosso sistema judiciário é problemático, mas acredito que 90% dos homens que estão presos realmente NÃO são flor que se cheire, alguma culpa no cartório tem.

  Um dos últimos lugares que eu iria procurar uma namorada seria no presidio.
  Se rolasse uma atração pela Internet e eu descobrisse que a mulher está presa a conversa até continuaria, mas relacionamento amoroso estaria praticamente descartado.
  (Claro que dependeria do delito e circunstancias.)

  Qualquer um que se interesse pelo assunto procure saber sobre a histeria das mulheres que se relacionam com presidiários, não dá para saber o que a mulher admira no cara.
  Geralmente apanha, não vê dinheiro, está sempre solitária (afinal o cara está preso), vida duríssima, dá dó das crianças.
  (Elas em geral tem filhos com eles, "visita intima".)



   O cara pode ter cometido a maior barbaridade, matado e estuprado como o "Maníaco do Parque" e mesmo assim a mulher o ama o considera um grande injustiçado, um cara que ainda vai mostrar para toda sociedade seu valor...

  Se realmente todos nós amassemos/buscássemos qualidade, o amor seria a coisa mais importante para humanidade, mas amamos pessoas e causas mesmo que elas não tenham qualidade.

  Há muitos “sofismas” sobre o amor.

 “SIGA SEU CORAÇÃO E TUDO DARÁ CERTO”.

  Se o amor procurasse a qualidade realmente quase tudo daria certo, escolheríamos parceiras eficientes e as desleixadas teriam que se aprimorar ou não casariam, não transmitiriam seus genes do desleixo.
  As mulheres se apaixonariam por homens decentes, trabalhadores, respeitadores, bons pais e maridos e os pouco civilizados seriam deixados de lado, não transmitiriam seus genes.
  Se o amor buscasse qualidade o crime (entre outras coisas) não compensaria.

  Se a mulher também é criminosa ... há interesses compatíveis.
  Se é honesta, trabalhadora, cumpridora da lei ... que tipo de qualidade busca em um marginal!?


   "A vendedora Janaína, 35, não se sente infeliz tendo uma relação amorosa com Pedro.
  Preso há três anos por roubo seguido de homicídio, ela resolveu começar a enviar cartas para ele até que um dia eles se apaixonaram.
  "Sabia que uma colega da igreja também se correspondia com um presidiário e resolvi que poderia trazer um pouco de conforto para uma pessoa que precisava de minha ajuda.
  Sou evangélica e acho que se ele se arrependeu, merece outra chance.
  Não tenho medo que ele faça tudo de novo.
  Ele aprendeu a lição e quer ser feliz ao meu lado."       




  O QUE LEVA UMA MULHER SE APAIXONAR POR UM SERIAL KILLER?
    Como explicar paixões como as que o assassino de Goiânia desperta, que desafiam a razão?



 A maioria das mulheres não podem responder pela ação de algumas.

 A maioria dos homens não podem responder pela ação de alguns.











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