“O
assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até ao ponto em que
todos possam apreciá-lo e compreendê-lo.
Isso é - ou deveria ser - a mais elevada
forma de arte.”
[Charles
Chaplin]
Não sei qual é o assunto mais importante do
mundo, vou simplesmente meditando sobre assuntos.
Hoje é sobre “Mercado Saturado” espero que
todos possam compreender.
Li uma matéria que o mercado literário está
saturado, por isso a leitura “perde espaço”.
(Não
encontrei um link para colocar)
Meu primeiro contraponto a matéria é:
Leitura ou literatura só
conta se for impressa em papel!?
Você não está realmente lendo esse Blog
porque o meio é digital!?
Sei lá, depois de ler muito, faz algum tempo
prefiro escrever.
Leio muito sobre notícias e a partir delas comento
ou escrevo textos.
Uns 95% do que leio é no meio digital.
Se eu tivesse 10 anos hoje, com minha característica,
acredito que leria tudo que já li usando agora um tablete ou smartphone.
Com as caraterísticas da minha família na infância
seria difícil comprar, mas algum usado poderia receber até de doação.
O acesso à internet ficaria mais complicado.
De qualquer forma, o livro impresso não seria
minha primeira opção.
Simplificando ao máximo:
Leitura é leitura, não importa
se está escrito na pedra, madeira, papel ou tela.
Se o cidadão leu “O Escaravelho
do Diabo” no papel ou no tablete ... que diferença isso faz realmente!?
Vamos a algo mais complexo difícil de
simplificar.
Notei que em algumas fases da humanidade as
artes aparecem de forma exuberante.
É como se por um período várias mentes fossem
“iluminadas” ou fosse retirado o que as impedia de brilhar, de alcançar o
sucesso.
Intrigado com esse fenômeno me atirei em uma
profunda meditação e percebi algo muito interessante.
Em todas as épocas há mentes brilhantes, mas
por algum motivo o que elas produzem não chega ao grande público
Graças a Internet escuto músicas que não
estão nas paradas de sucesso.
É espantoso como tem músicas boas sendo
produzidas no Brasil e no mundo, mas inexplicavelmente não atingem o grande público.
Já se perguntaram porque o mercado musical
não está saturado para o Sertanejo Universitário?
Me disseram um dia que estamos na era da
superficialidade, que não há mais público para obras mais profundas, no entanto
quando vejo o sucesso de séries como House ou CSI (episódios antigos) que
oferecem uma profundidade filosófica não posso concordar que a humanidade no
estágio atual não esteja preparada ou sedenta por um discussão filosófica mais
complexa.
No mundo da Arte não há saturação, se tiver
2, 3 ou 4 filmes bons os 4 serão assistidos, um não irá tirar o público do
outro.
Cinemas em geral funcionam 7 dias por semana.
Por alguma “interferência/ciclo” pessoas
extremamente medíocres (para o meu gosto) estão ocupando postos de comando e
decidindo o que devemos ler, assistir ou ouvir.
Peguemos a novela dás 8 da Globo, se fossem
selecionadas 12 músicas de qualidade para sua trilha sonora de certo fariam
sucesso, mas as escolhas são desagradáveis.
(Sem
generalizações e de acordo com MEU gosto.)
Hollywood deve receber centenas de roteiros
todos os anos é impossível que no meio não tenha alguns muito bons, mas quem
tem poder para decidir o que vai ser filmado atende ao próprio gosto ou o que
acha que vai ser mais lucrativo.
Se todas as artes entraram de maneira tão
precária nesse novo século, não observo que seja um problema de mercado
saturado, há mercado e muito.
Converso com muita gente que quer ir ao
cinema, mas não encontra a motivação de um bom filme, acabam indo meio que por
tradição, assistimos filmes tão fracos que depois de 1 hora nem lembramos
direito sobre o enredo.
Lembrei agora da Motown, todo mundo dizia que
não havia mercado para a música negra, mas o iluminado Berry Gordy reuniu
alguns bons artistas e a arte floresceu de maneira espetacular.
“Apesar de terem existido músicos negros
norte-americanos de grande sucesso antes dos anos 60, incluindo Louis
Armstrong, Ella Fitzgerald, Nat King Cole, e Chuck Berry, a Motown foi a mais
importante lançadora de artistas negros desde seu surgimento até o surgimento
do chamado "hip hop".
Foi
também a primeira a lançar músicas que deixavam de lado o puro e simples
lirismo e mergulhavam também em temas sócio-políticos.”
Todos os dias espero esse novo iluminismo
artístico.
Algumas mentes brilhantes ocupando meios de
comunicação poderosos fazendo a Arte florescer.
Descobrindo miquelangelos, tons jobins,
benjamin franklins…
Como tanta
mediocridade tem chegado ao poder, ao comando das coisas?
Não sei!
Nem parece coisa desse mundo…
Já falei de literatura, música e o que falar
da pintura?
O que Leonardo
da Vinci, Michelangelo, Caravaggio ... diriam desse tipo de quadro:
Meu Deus!
.
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