👩 “Eu suponho que os mecanismos de auto sabotagem não pertencem a uma
única vida.”
(Nihil)
Auto sabotagem é quando criamos
obstáculos e empecilhos – de forma consciente ou inconsciente – que nos
atrapalham na hora de realizar tarefas ou conquistar objetivos.
Um exemplo fácil.
Você gosta da vida de solteiro e sabe que um
relacionamento sério vai te levar ao casamento.
Então você sabota seus relacionamentos.
Cria dificuldades para que ele termine.
Mas a essência dessa meditação não é sobre
auto sabotagem e sim não distorcer planos de pensamento.
Flutuando pelos planos de pensamento tomo extremo
cuidado em não distorce-los a favor de uma teoria pela qual eu tenha SIMPATIA.
(William Robson)
A Nihil gosta da
teoria da auto sabotagem e sugeriu em comentários que eu não ter alcançado
certos objetivos foi “auto sabotagem”.
Eu conheço o suficiente desse processo para
NÃO identifica-lo em minha vida.
Desde a adolescência aceitei a proposta filosófica
de “conhecer a mim mesmo”.
A auto sabotagem é própria de pessoas que não
se conhecem satisfatoriamente e por consequência agem com uma certa “infantilidade”.
Exemplo:
Você se conhece, sabe que não quer ir a uma
festa.
Então não vai, pode até inventar alguma
desculpa para não ir no sentido de não magoar quem quer que você vá.
Ou vai apenas para fazer companhia a seu
amigo ou namorada deixando claro que estar ali não é do seu agrado.
Quem se auto sabota, não sabe realmente se
quer ir à festa ou não.
Não conhece satisfatoriamente a si mesmo.
Daí acaba indo onde não queria ir ou deixando
de ir onde queria.
Como não sabe bem o que quer, qualquer coisa
que faça se transforma em frustração.
A Nihil
tem tanta simpatia pelo conceito de auto sabotagem que sugere que isso pode nos
acompanhar por várias existências.
E por eu conhecer a Nihil tudo fica muito
confuso.
Será que ela se conhece?
A Nihil gosta de psicologia, a auto sabotagem
é uma análise psicologia.
A psicologia nem
ao menos teoriza a possibilidade de reencarnação.
A Nihil se declara budista.
Para o Budismo a reencarnação de um “EGO” é
pouco comum, acontece com poucos.
O budismo NÃO prega a existência de um
espírito fora do corpo.
(O que a Nihil discorre sobre a possibilidade de ser a reencarnação
de Safo de Metilene fica um samba do crioulo doido do ponto de vista budista a
não ser que a Nihil seja um buda ou algo próximo a essa natureza.)
Traduzindo o budismo...
Se pegarmos o
cadáver da Nihil e enterra-lo próximo a um carvalho em crescimento, todas as
moléculas que um dia compuseram seu corpo comporão o carvalho, mas a Nihil está
“morta” o EGO Nihil não existe mais.
Sua “energia vital” agora é propriedade do
carvalho.
Se o EGO (individualidade da consciência) é
dissolvido após a morte e essa energia vital carrega bem poucos resquícios de uma
vida anterior, do ponto de vista budista referente a vidas passadas a auto
sabotagem é impossível.
Fica fácil perceber que a Nihil “simpatiza”
com o conceito de auto sabotagem a ponto de lava-lo para outras existências,
mesmo que isso não tenha nada a ver com suas crenças.
E se a Nihil fosse Kardecista?
Do ponto de vista
Kardecista a auto sabotagem é uma teoria complicada, mas possível.
No
Kardecismo é dito que você antes de nascer tem influência sobre seu Karma.
Diante de Espíritos Superiores você assume
compromissos de como quer evoluir, se você decidiu que nunca alcançaria o
sucesso então sempre que ele estiver próximo você mesmo ou espíritos protetores
o sabotam.
Mas não vamos complicar ainda mais essa
meditação com outra doutrina...
No Budismo não existe a permanência do EGO
fora do corpo.
Sua matéria prima é a energia vital algo como
pegar um copo plástico derrete-lo e recicla-lo em um prato.
O prato não tem como se auto sabotar buscando
uma existência de copo porque ele não tem mais essa LEMBRANÇA, o máximo que vai
conseguir é voltar a ser NADA apenas um pedaço de plástico sem função alguma
até que seja moldado em outra forma.
Esse texto é
complexo?
Buda dizia:
“Todas as coisas complexas estão condenadas à
decadência.”
No geral não gosto da Filosofia pregada por
Buda, ela se “auto sabota.”
Eu aceito teorias
complexas porque a vida é complexa.
A complexidade não é por si só caminho para “decadência”.
Quem pode dizer que
o Budismo é uma doutrina simples?
1. O Budismo
acredita na reencarnação?
O Budismo não ensina a reencarnação, o Budismo
acredita no renascimento.
2. Qual é a
diferença entre reencarnação e renascimento?
A reencarnação é
a ideia da existência de um espírito separado do corpo; com a morte do corpo
esse mesmo espírito reassume uma outra forma material e segue evoluindo.
O renascimento
na concepção Budista não é a transmigração de um espírito,
de uma identidade substancial, mas a continuidade de um processo, um fluxo do
devir, no qual vidas sucessivas estão conectadas umas às outras através de
causas e condições.
Esse processo ou fluxo não ocorre apenas com a morte mas está presente
constantemente nas nossas vidas.
Nós estamos em constante mudança, com cada
momento nas nossas vidas surgindo na dependência do momento anterior, que
deixou de existir.
É um pouco parecido com a correnteza de um
rio, a correnteza fluindo continuamente sem cessar.
Não é possível entrar no mesmo rio duas vezes.
Podemos
ilustrar o renascimento com um símile, é como se a chama de uma vela fosse
empregada para acender uma outra vela e nesse processo a primeira vela fosse
apagada.
A chama da segunda vela surgiu na dependência da primeira vela, ou seja, tem
uma conexão com ela, mas a chama da segunda vela não é idêntica à primeira.
Então, as duas chamas possuem uma ligação mas não são idênticas.
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