sábado, 4 de janeiro de 2014

Autosabotagem



👩 “Eu suponho que os mecanismos de auto sabotagem não pertencem a uma única vida.”
     (Nihil)



 
  Auto sabotagem é quando criamos obstáculos e empecilhos – de forma consciente ou inconsciente – que nos atrapalham na hora de realizar tarefas ou conquistar objetivos.


  Um exemplo fácil.
  Você gosta da vida de solteiro e sabe que um relacionamento sério vai te levar ao casamento.
  Então você sabota seus relacionamentos.
  Cria dificuldades para que ele termine.

  Mas a essência dessa meditação não é sobre auto sabotagem e sim não distorcer planos de pensamento.

   Flutuando pelos planos de pensamento tomo extremo cuidado em não distorce-los a favor de uma teoria pela qual eu tenha SIMPATIA.
   (William Robson)

  A Nihil gosta da teoria da auto sabotagem e sugeriu em comentários que eu não ter alcançado certos objetivos foi “auto sabotagem”.
  Eu conheço o suficiente desse processo para NÃO identifica-lo em minha vida.
  Desde a adolescência aceitei a proposta filosófica de “conhecer a mim mesmo”.
  A auto sabotagem é própria de pessoas que não se conhecem satisfatoriamente e por consequência agem com uma certa “infantilidade”.

  Exemplo:
  Você se conhece, sabe que não quer ir a uma festa.
  Então não vai, pode até inventar alguma desculpa para não ir no sentido de não magoar quem quer que você vá.
  Ou vai apenas para fazer companhia a seu amigo ou namorada deixando claro que estar ali não é do seu agrado.

  Quem se auto sabota, não sabe realmente se quer ir à festa ou não.
  Não conhece satisfatoriamente a si mesmo.
  Daí acaba indo onde não queria ir ou deixando de ir onde queria.
  Como não sabe bem o que quer, qualquer coisa que faça se transforma em frustração.

  A Nihil tem tanta simpatia pelo conceito de auto sabotagem que sugere que isso pode nos acompanhar por várias existências.
  E por eu conhecer a Nihil tudo fica muito confuso.
  Será que ela se conhece?

  A Nihil gosta de psicologia, a auto sabotagem é uma análise psicologia.


  A psicologia nem ao menos teoriza a possibilidade de reencarnação.

  A Nihil se declara budista.
  Para o Budismo a reencarnação de um “EGO” é pouco comum, acontece com poucos.
  O budismo NÃO prega a existência de um espírito fora do corpo.

  (O que a Nihil discorre sobre a possibilidade de ser a reencarnação de Safo de Metilene fica um samba do crioulo doido do ponto de vista budista a não ser que a Nihil seja um buda ou algo próximo a essa natureza.)

  Traduzindo o budismo...
  Se pegarmos o cadáver da Nihil e enterra-lo próximo a um carvalho em crescimento, todas as moléculas que um dia compuseram seu corpo comporão o carvalho, mas a Nihil está “morta” o EGO Nihil não existe mais.
  Sua “energia vital” agora é propriedade do carvalho.

  Se o EGO (individualidade da consciência) é dissolvido após a morte e essa energia vital carrega bem poucos resquícios de uma vida anterior, do ponto de vista budista referente a vidas passadas a auto sabotagem é impossível.

  Fica fácil perceber que a Nihil “simpatiza” com o conceito de auto sabotagem a ponto de lava-lo para outras existências, mesmo que isso não tenha nada a ver com suas crenças.



  E se a Nihil fosse Kardecista?
  Do ponto de vista Kardecista a auto sabotagem é uma teoria complicada, mas possível.
  No Kardecismo é dito que você antes de nascer tem influência sobre seu Karma.
  Diante de Espíritos Superiores você assume compromissos de como quer evoluir, se você decidiu que nunca alcançaria o sucesso então sempre que ele estiver próximo você mesmo ou espíritos protetores o sabotam.
  Mas não vamos complicar ainda mais essa meditação com outra doutrina...

  No Budismo não existe a permanência do EGO fora do corpo.
 Sua matéria prima é a energia vital algo como pegar um copo plástico derrete-lo e recicla-lo em um prato.
  O prato não tem como se auto sabotar buscando uma existência de copo porque ele não tem mais essa LEMBRANÇA, o máximo que vai conseguir é voltar a ser NADA apenas um pedaço de plástico sem função alguma até que seja moldado em outra forma.

  Esse texto é complexo?



  Buda dizia:

 “Todas as coisas complexas estão condenadas à decadência.”

  No geral não gosto da Filosofia pregada por Buda, ela se “auto sabota.”

  Eu aceito teorias complexas porque a vida é complexa.
  A complexidade não é por si só caminho para “decadência”.

  Quem pode dizer que o Budismo é uma doutrina simples?




1. O Budismo acredita na reencarnação?

   O Budismo não ensina a reencarnação, o Budismo acredita no renascimento.

2. Qual é a diferença entre reencarnação e renascimento?

  A reencarnação é a ideia da existência de um espírito separado do corpo; com a morte do corpo esse mesmo espírito reassume uma outra forma material e segue evoluindo.
  O renascimento na concepção Budista não é a transmigração de um espírito, de uma identidade substancial, mas a continuidade de um processo, um fluxo do devir, no qual vidas sucessivas estão conectadas umas às outras através de causas e condições.

  Esse processo ou fluxo não ocorre apenas com a morte mas está presente constantemente nas nossas vidas.
   Nós estamos em constante mudança, com cada momento nas nossas vidas surgindo na dependência do momento anterior, que deixou de existir.
   É um pouco parecido com a correnteza de um rio, a correnteza fluindo continuamente sem cessar.
   Não é possível entrar no mesmo rio duas vezes.
   Podemos ilustrar o renascimento com um símile, é como se a chama de uma vela fosse empregada para acender uma outra vela e nesse processo a primeira vela fosse apagada.
  A chama da segunda vela surgiu na dependência da primeira vela, ou seja, tem uma conexão com ela, mas a chama da segunda vela não é idêntica à primeira.
  Então, as duas chamas possuem uma ligação mas não são idênticas.























 .



Nenhum comentário: