terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Religião

  Fui religioso a maior parte da minha vida.
  Quando criança pela natural influência de meus pais.
  Quando adolescente por observar “mistérios entre o céu e a terra”.
  Rompi minhas amarras com qualquer religião em 2007.

  Frequentei a Igreja Católica, mudei para Presbiteriana, depois para o Kardecismo.
  Fazia parte de uma religião em busca de “proteção espiritual”.
  Se há espíritos do mal por aí, é bom buscar a companhia de “espíritos do bem”.

  A chave dessa meditação é mostrar que tirando a fase de criança nunca fiquei “cego por alguma doutrina”.
  A maioria dos religiosos não fica.
  Se olhar a sua volta verá que o fanatismo religioso (tão apontado por ateus) afeta a poucos.
  Quantos cristãos você conhece que segue a Bíblia ao pé da letra?
  O que dizer do Islamismo?
  Você acredita realmente que todo muçulmano está disposto a se explodir em nome Alá?

  O indivíduo fica em uma religião basicamente em busca de proteção e/ou fazer parte de uma comunidade.

  Um exemplo paralelo que me veio à mente.

  Hoje em dia você baixa em seu celular apenas as músicas que gosta.
  Basicamente é só você que vai ouvir, não tem porque baixar uma música que sua mãe gosta.
  Mas se você vai administrar o som em uma festinha familiar, o gosto da sua mãe, pai, parentes deve ser respeitado para o convívio em “comunidade”.
  Quero dizer que quando você faz parte de uma igreja segue certos rituais para harmonizar as relações.
  Permanecendo no exemplo da música.
  MP3 é uma invenção muito recente (em termos de humanidade), a fita K7 nos deu alguma liberdade para gravarmos nossas músicas preferidas, porem antes delas tinha o LP (disco de vinil).
  Você gostava muito de duas ou três músicas de um cantor e no LP vinham 12.
  A princípio nove músicas praticamente não eram ouvidas, vinham junto no pacote.
  Com religião é bem assim.
  A pessoa é atraída pela beleza de algumas partes da doutrina e o que não lhe agrada ou não vê sentido deixa esquecido.

  Um exemplo prático.
 
  “No intervalo das encarnações, aprendeis em uma hora o que vos exigiria anos sobre a vossa terra.”
[Allan Kardec]


  Essa “musica” não soa bem em meus ouvidos.

  Se o intervalo entre as encarnações é tão eficiente porque perdemos tempo estando encarnados!?
  Se aprendemos tão pouco qual o objetivo de uma vida terrena!?

  Pensem na seguinte situação, tenho desejo que minha filha aprenda inglês e tenho totais condições de passar um ano com ela na Inglaterra.
  Sabemos que esse 1 ano na Inglaterra será mais eficiente que 10 anos em um cursinho aqui no Brasil.
  Qual a lógica em submeter minha filha a 10 anos de curso?
  Partamos para o exterior sem essa desnecessária perda de tempo.

  Enfim, estar em uma religião não significa concordar 100% com tudo que é pregado.
  Cada um tem sua “voz interior”.

  Nesse plano de pensamento “Kardecista” eu discordo de Kardec.
  A vida terrena deve ser importantíssima para nossa “suposta” evolução espiritual.
  Nos intervalos entre encarnações temos muitas aulas teóricas, aqui colocamos em pratica, tipo uma prova de aptidão.

  Mas tudo isso ficou para trás.
  Não sou do tipo “carente” que precisa fazer parte de um grupo, uma comunidade.
  E “se” eu conseguia alguma proteção era tão pouca que não compensava mais ouvir tantas músicas que não gostava.





  ME PERGUNTARAM COMO FOI DESISTIR DE TER RELIGIÃO?

  Essa música começou tocar em minha mente:

Começar de novo e (SÓ) contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, TER ME CONHECIDO
Ter virado o barco, TER ME SOCORRIDO

Vai valer a pena ter amanhecido
SEM AS TUAS GARRAS, SEMPRE TÃO SEGURAS
SEM O TEU FANTASMA, SEM TUA MOLDURA
SEM TUAS ESCORAS, SEM O TEU DOMÍNIO
SEM TUAS ESPORAS, SEM O TEU FASCÍNIO

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido

Musica linda demai♫♫♫


Meditação complementar:













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