domingo, 12 de janeiro de 2014

Inferno, Purgatório, 72 Virgens



  “Tudo o que sei é que devo morrer em breve; mas o que mais ignoro é essa mesma morte, que não saberei evitar.”
    (Blaise Pascal)

  Das 3 religiões que frequentei a que mais falou sobre como é a vida após a morte foi o Espiritismo e francamente não dá para levar a sério.
  Tinha palestrante que falava cada coisa.
  Já ouvi por exemplo que Mozart mora ou frequenta o planeta Júpiter.

   Em uma dimensão que não conseguimos enxergar, Júpiter é um planeta maravilhoso, com espíritos de grande elevação moral e intelectual.

  Eu li a biografia de Mozart, não sei onde enxergar nele “grande elevação moral”.

  Tirando a maravilhosa arte de Mozart o cara era desorganizado em tudo mais.
  Foi um grande compositor e SÓ.

  Quem depois de ler a biografia de Mozart pode dizer que foi um exemplo de moralidade, dignidade, um "espirito iluminado"!?

  Ele se parecia mais com Tim Maia ou Raul Seixas, grandes artistas, mas cidadãos com “qualidades” questionáveis.

  Se Júpiter é um lugar tão bom para morar e tipos iguais a Mozart estão lá ... qualquer um de nós mais correto, ajuizado, vai poder estar também.

  Percebam que estou evitando analisar qualquer ponto mais “surreal”, “metafisico”.
  Se não fosse indelicado eu interromperia o palestrante e faria a pergunta que não saía da minha mente.

  Por qual critério Mozart é um espirito tão elevado!?
  Tudo foi culpa da esposa!?

  
 “Constanze foi ao longo do tempo sujeita às mais diversas apreciações, mas em grande parte delas foi retratada como inculta, vulgar, caprichosa, astuta por ter enredado Mozart num casamento que ele não estava, ao que parece, tão ansioso por concretizar, e como incapaz de apoiá-lo e ajudar na administração doméstica, induzindo-o a uma vida displicente e irresponsável, que em várias ocasiões os conduziu a sérias dificuldades financeiras.”


  A crença de católicos e evangélicos para a vida pós morte não é animadora.

  Para Evangélicos a grande maioria arderá no fogo do inferno.
  Para católicos também.
  A diferença é que católicos acreditam que há o purgatório.
  (Estou simplificando ao máximo)


 Purgatório = Lugar onde as almas dos que cometeram pecados leves acabam de purgar suas faltas, antes de ir para o paraíso.


  E os salvos?
  Viverão tudo de bom na presença de Deus.

  Uma boa pergunta, o que seria esse tudo de bom?

  Não sentir frio, não sentir calor, não sentir dor, não sentir fome, enfim NÃO SENTIR.
  Sei lá!
  Eu gosto de sentir fome e comer algo bem gostoso, dizem até que não existe melhor tempero que a fome.
 O ruim é sentir fome e não ter o que comer.

  Já pensou que se não sentimos uma necessidade também não desfrutamos do prazer que ela nos proporciona ao ser satisfeita?
  Me parece que um lugar não pode ser bom se não sentirmos nada, o legal é sentirmos uma necessidade e tê-la saciada.
  O Céu prometido por Evangélicos e Católicos é um lugar que só sentimos vontade de louvar a Deus e assim será.
   Deus dia e noite eternamente sendo louvado.

  Diante desse céu tedioso ficar reencarnando por um longo tempo vira uma aventura interessante.

  Não seria de duvidar que espíritos “evoluídos” desejassem de vez em quando dar uma voltinha por essas bandas para viverem alguma EMOÇÃO.

  Alguns espíritos nem querem evoluir, iguais aqueles alunos que não querem que o tempo de Faculdade passe por pior que seja a maratona de provas e trabalhos.

  Enfim:

  “Tudo o que sei é que devo morrer em breve; mas o que mais ignoro é essa mesma morte, que não saberei evitar.”

  Depois de tanta meditação, o que acontecerá quando eu morrer não me traz preocupação.
  Se eu deixar de existir, for aniquilado, não terei mais consciência de nada, logo não tenho com que me preocupar.

  O céu dos cristãos seria como morar na Coréia do Norte, para um livre pensador igual eu seria o inferno.
  Viver dia e noite apenas para adorar o Líder Supremo.

  No céu dos muçulmanos eu só chegaria se fosse muito fanático, coisa que não sou.
  E tem uma questão quase tão surreal quanto o “evoluído Mozart” morar em Júpiter.

  No céu islâmico, além de ficar louvando Alá dia e noite, você pode transar pra caramba, ganha para te servir 72 virgens.
  O que nos leva de volta a última sequência de textos.
  Somos seres tão sexuais como prega Freud e o Islamismo?

  Além do mais transar com virgem é desagradável, bom mesmo são as mulheres experientes sem muita frescura.
  Tirando a “emoção” de ser o primeiro na vida da pessoa o sexo em si tem que ser feito com muito zelo ... se você se importa com a parceira.
  Não, não é um comentário “machista”.
  De certo uma mulher experiente que seja a primeira de um homem, vai ter essa emoção de ser inesquecível para ele, mas o sexo em si dificilmente vai ser satisfatório.

  Vamos supor que as 72 virgens ficassem safadinhas, é muita mulher, não há bilau que dê conta.
  Ou Alá vai nos presentear com ereções eternas?
  Sei lá, um pênis com osso interno ao invés de nervos e músculos.

  Uma pergunta para islâmicos.

  Como essas mulheres chegaram ao paraíso muçulmano; foram criadas lá ou o alcançaram se mantendo virgens?

  Como é o céu das islâmicas?

  Morrem, voltam a ser virgens e além de adorar Alá dividem um homem com outras 71 mulheres!?

  Se o céu islâmico é “complicado” para homens; para mulheres ... nem sei o que comentar. 😄

  Vamos cuidar bem da política e economia aqui na Terra, nos esforçarmos para sermos bons cidadãos e depois ... o que tiver que ser será.

  Boa sorte pra todos nós!



Ou um "purgatório".

 



 .

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