“Podemos viajar por todo
o mundo em busca do que é belo, mas se já não o trouxermos conosco, nunca o
encontraremos.”
(Ralph
Waldo Emerson)
Pessoas a minha
volta falam de como é bom viajar, conhecer outros lugares, conhecer outras
pessoas.
Não tenho o que
falar porque não me interesso em conhecer novos lugares nem pessoas.
Quando pude sair
um pouco mais de casa tudo era novidade, mas em pouco tempo percebi que as
coisas eram “repetitivas”.
Sem precisar ir a
Espanha sei que o mesmo Sol que brilha em Madri, brilha em Campinas.
A mesma Lua que
enfeita o céu de Tóquio no Japão, enfeita o céu de Campinas no Brasil.
Um dia o pessoal
do trabalho me convenceu a ir para cidade turística de Poços de Caldas, me
senti "desconcertado" visitando uma praça que tinha relógio solar!!
Não, não era
movido a energia solar (que também não seria nenhuma novidade), era aquele
sinalizado pela sombra.
Visitei um lago
de carpas, 10 minutos olhando peixe nadando...
Visitei a “Cachoeira
véu da noiva”, o clima estava seco, o véu era de uma pobreza que dava dó.
Com tantos
lugares bonitos em minha cidade não vejo sentido viajar longe para ver arvore,
asfalto, carro, igreja, pracinha, charrete …
Não tenho necessidade
de conhecer pessoas ou fazer amigos, me contento com os que a vida me apresenta
naturalmente.
Prefiro qualidade
que quantidade.
Cada pessoa é um
ser tão complexo que nem que passássemos a vida toda juntos eu poderia dizer
que “conheço totalmente alguém”.
Prefiro conhecer
bem algumas dezenas de pessoas que me cercam que conhecer vagamente milhares de
pessoas em lugares distantes.
Você pode até não
acreditar, mas é muito mais eficiente filosoficamente.
As pessoas
diferem "culturalmente", porem a cultura de um povo (suas crenças,
leis, costumes) pode ser facilmente pesquisada em livros.
Filosoficamente é mais interessante conhecer
a essência humana, seus “tipos” e subtipos.
Ao conhecer com certa
profundidade minha esposa e as mulheres a minha volta em sua "essência
feminina" por tabela conheço bem todas as fêmeas da humanidade.
Se eu analiso
profundamente um Eucalipto da Lagoa do Taquaral, o Eucalipto do parque Yellowstone
(Estados Unidos) não será o mesmo, mas entendendo as características do daqui
estarei desvendando muito dos “mistérios” do de lá.
O “funcionamento”
será semelhante, haverá superficialmente uma adaptação ao ambiente, que no caso
dos seres humanos é a cultura.
Credito isso a
uma teoria que até agora tem se mostrado consistente.
“A ciência dos fractais apresenta
estruturas geométricas de grande complexidade ligadas às formas da natureza, ao
desenvolvimento da vida e à própria compreensão do universo.
São imagens de objetos abstratos que possuem o caráter de onipresença por terem as características do todo
infinitamente multiplicadas dentro de cada parte, escapando assim, da compreensão
em sua totalidade pela mente humana.”
Em momento
oportuno volto a escrever sobre essa teoria, resumindo ao mínimo entendível
seria.
O todo é a soma das partes,
as partes carregam a essência do todo.
“Metafisicamente”
o todo (não raro) acaba sendo maior que a soma das partes, por isso nossa
incapacidade de compreensão da totalidade (só sei que nada sei).
Quer uma
ilustração mental?
Nós
cientificamente sabemos todos os elementos que formam um corpo humano (ou
acreditamos que sabemos).
Cerca de 70% de nós
é água.
Se alguém
chegasse morto ao hospital, bastaria sanar o dano e “ressuscita-lo”,
entretanto, mesmo conhecendo bem todas as partes do nosso corpo, a soma delas
resulta em VIDA, algo que vai além da nossa compreensão em sua totalidade.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário