domingo, 25 de agosto de 2013

Mediocridade

  

   “Deus deve amar os homens medíocres.
    Fez vários deles.”
      (Abraham Lincoln)

  Ser medíocre no conceito original é estar dentro da média entre dois termos de comparação.

  Isso não é ofensivo, é natural que seja assim.
  Vamos a uma visualização matemática.

  Grupo de 100 alunos.

 10 acertaram mais de 80% das questões do ENEM.

 10 acertaram menos de 20% das questões.
 (Não sabem nem porcentagem e não irão entender o que estou escrevendo 😏)

  80 acertaram mais de 20% e menos que 80%, estão dentro da média.
 
  Entenda que em qualquer ramo de atividade terá em uma ponta os muito eficientes e na outra os menos ineficientes, entre eles estão os medíocres ... os “dentro da média”.
  Não é tão legal quanto estar no topo, mas bem melhor que estar nas últimas posições.

  Porém ser chamado de medíocre em algum momento passou a ser ofensivo.

  “Ser medíocre significa não ter qualidades ou habilidades suficientes para se destacar naquilo que se propõe a fazer, seja na vida pessoal ou profissional.
  Uma pessoa medíocre é vulgar, tem poucas qualidades, é uma pessoa pobre do ponto de vista intelectual.”

  Todos nós somos medíocres na maioria das atividades, nos destacamos em algumas.

  Freddie Mercury foi um cantor sensacional, não sei dele se destacar em alguma outra atividade.
  Albert Einstein foi um cientista e filósofo brilhante, não sei dele cantar bem, ser um grande poeta ou pintor.
  Abraham Lincoln se destacou na política, mas os meios que usou para isso nem sempre eram os mais “éticos”.

  Quando me chamam de medíocre não considero ofensivo se a base de comparação é Aristóteles, Maquiavel, Franklin, Sócrates, Pitágoras, Confúcio ...
  Se a pessoa nem ao menos sabe quem são esses pensadores ... como posso me sentir ofendido!?
 
  Nós medíocres não temos aquela inteligência que se possa dizer:

   “Oh, meu Deus como ele é inteligente!”

  Mas temos inteligência suficiente para cuidar de nós mesmos, assumirmos nossas RESPONSABILIDADES INDIVIDUAIS.

  Tenho respeito pelo medíocre, o que me espanta é que ele mesmo não se respeita, tem constante “crise de identidade”.

  Vamos falar de dinheiro que fica mais fácil para a maioria medíocre mentalizar.
  (Os abaixo da média já pararam no primeiro parágrafo.)


  Você é classe média, tem vida razoável, estando empregado vai tocando sua vida sem grandes luxos, mas também longe da miséria.
  Mas ao olhar quem está lá no topo se sente “escravo”, “dominado”, “explorado” ... não quer um mundo de “desigualdades”.
  
  


  Minha pergunta é:

   Se somos desiguais em nossas capacidades, habilidades e situação de nascimento, como é possível que todos tenham a mesma situação financeira?

  Para que todos acertem mais de 80% das questões do ENEM precisamos baixar muito o nível da avaliação ou achar alguma fórmula mágica onde todos os alunos se dediquem muito aos estudos.

  Não acredito que baixar o nível da escolarização vai ser bom para o Brasil e duvido de “fórmulas magicas”.

  Porque a “Classe Medíocre” se odeia tanto?
  Odeia ainda mais a “Classe Top”.
  E estranhamente santifica a pobreza!





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