Tive um orgasmo mental ao ler essa entrevista:
“Há anos, os Estados Unidos subsidiam a desintegração
familiar.
Quando uma adolescente pobre fica grávida,
ela ganha direito a se inscrever em programas habitacionais para morar de
graça, recebe vale-alimentação, vale-transporte e uma série de outros
benefícios.
Antes, uma menina grávida era uma vergonha
para a família.
Muitas eram mandadas para o Sul, para viver
com parentes.
Hoje, o estado de bem-estar social premia
esse comportamento.”
Claro que não
devemos voltar ao passado expulsando garotas de casa, quem ler a matéria verá
que não é isso que o articulista propõe.
O que deve ser
repensado é a pratica de endeusar a mãe solteira como se ela fosse vítima de
toda sociedade.
Como todos sabem
eu me sinto incrivelmente solitário filosoficamente, a “solidão sólida” faz parte de minha vida desde que me conheço por gente.
Quando encontro
alguém de SUCESSO que compartilha as mesmas impressões, sei lá…não me sinto tão
anormal, tenho ESPERANÇA.
Confundimos
FRATERNIDADE com a obrigação de ajudar irresponsáveis e criminosos.
Fraternidade = Boa inteligência entre os homens,
harmonia.
Essa é a
definição que gosto, é a mais LÓGICA.
No entanto em
nome da fraternidade nos tornamos extremamente tolerantes com a paternidade irresponsável.
Nos tornamos
extremamente tolerantes com criminosos.
Nos tornamos extremamente
tolerantes com corruptos e incompetentes.
Fraternidade hoje
em dia parece uma obrigação moral de ajudar nossos cidadãos mais “problemáticos”.
Fraternidade deveria ser a
união dos bons de forma a evitar que os irresponsáveis e maus dificultem nossa
vida em sociedade.
Evidente que
temos que ajudar pessoas em dificuldades, nossos “irmãos de espécie”.
Uma coisa é
ajudar quem precisa outra coisa é premiar a irresponsabilidade, a
criminalidade.
Leiam a entrevista.
Bons pensadores
podem melhorar o mundo e é o que geralmente fazem, mesmo cercados pela
mediocridade e hipocrisia.
Obrigado senhor
Walter!
Nunca saberás
quem sou, mesmo assim, enorme prazer em conhece-lo.
Vida longa já
tens, próspera também, não tenho o que desejar-lhe, então apenas agradeço pela
esperança…VALEU!
Essa entrevista
foi publicada em 2011, o link para revista Veja não existe mais ou não tem
acesso ao público.
Tem o link para
os comentários de Reinaldo Azevedo ... não sei por quanto tempo estará ativo.
Vou copiar e
colar a matéria porque realmente a acho muito importante e não quero que se
perca.
Walter Williams é negro, tem 74 anos, dá aula de economia na
Universidade George Mason, na Virginia.
Já foi engraxate e carregador de taco de golfe.
Na juventude, chegou a preferir o radical Malcom X ao pacifista Martins
Luther King.
Williams está convencido: quem vence o racismo é o mercado, não a
política de cotas.
Num momento em que o assistencialismo, no Brasil, virou uma categoria de
pensamento incontrastável e em que se dá a isso o nome de “redistribuição de
renda”, vocês precisam ler a entrevista que ele concedeu a André Petry,
publicada nas páginas amarelas da VEJA desta semana.
Como todos nós, o economista tem as suas convicções, mas, antes de mais
nada, tem alguns números um tanto desconcertantes sobre o tal “estado de
bem-estar social”.
Williams se considera um libertário, é um crítico ácido da interferência
do Estado na vida dos indivíduos.
Algumas de suas provocações:
AVANÇO DOS NEGROS
“Os negros, em geral, estão muito melhor agora
do que há meio século. Mas os negros mais pobres estão pior.”
ESTADO E FAMÍLIA
“Há anos, os Estados Unidos
subsidiam a desintegração familiar”.
MÃE SOLTEIRA PREMIADA
“Antes, uma menina grávida era uma vergonha
para a família.
Hoje, o estado de bem-estar social premia esse comportamento.
O resultado é que, nos anos da minha adolescência, entre 13% e 15% das
crianças negras eram filhas de mãe solteira.
Agora, são 70%.”
SALÁRIO MÍNIMO
“O
salário mínimo, que as pessoas consideram uma conquista para os mais
desprotegidos, é uma tragédia para os pobres.
Deve-se ao salário mínimo o fim de empregos úteis para os pobres.”
AÇÕES AFIRMATIVAS
“O ritmo do progresso dos negros entre as
décadas de 40 e 60 foi maior do que entre as décadas de 60 e 80.”
COTAS RACIAIS NO BRASIL
“A melhor coisa que os brasileiros poderiam
fazer é garantir educação de qualidade.
Cotas raciais no Brasil, um país mais miscigenado que os Estados Unidos,
são um despropósito.”
LIVRE MERCADO E DISCRIMINAÇÃO
“A melhor forma de permitir que cada um de nós
– negro ou branco, homem ou mulher, brasileiro ou japonês – atinja seu
potencial é o livre mercado.
O livre mercado é o grande inimigo da discriminação”.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
“É fácil defendê-la quando as
pessoas estão dizendo coisas que julgamos positivas e sensatas, mas nosso
compromisso com a liberdade de expressão só é realmente posto à prova quando
diante de pessoas que dizem coisas que consideramos absolutamente repulsivas”.
AFRO-AMERICANOS
“Essa expressão é uma idiotice, a começar pelo
fato de que nem todos os africanos são negros.
Um egípcio nascido nos Estados Unidos é um ‘afro-americano’?”
ÁFRICA
“A África é um continente povoado por pessoas
diferentes entre si.
Os vários povos africanos estão tentando se matar uns aos outros há
séculos.
Nisso a África é idêntica à Europa, que também é um continente, também é
povoada por povos distintos que também vêm tentando se matar uns aos outros há
séculos”.
Em que aspectos a vida dos negros hoje é pior [nos Estados Unidos]?
Cresci na periferia pobre de Filadélfia entre os anos 40 e 50.
Morávamos num conjunto habitacional popular sem grades nas janelas e
dormíamos sossegados, sem barulho de tiros nas ruas.
Sempre tive emprego, desde os 10 anos de idade.
Engraxei sapatos, carreguei tacos no clube de golfe, trabalhei em
restaurantes, entreguei correspondência nos feriados de Natal.
As crianças negras de hoje que vivem na periferia de Filadélfia não têm
essas oportunidades de emprego.
No meu próximo livro, “Raça e Economia”, que sai no fim deste mês,
mostro que, em 1948, o desemprego entre adolescentes negros era de 9.4%.
Entre os brancos, 10.4%.
Os negros eram mais ativos no mercado de trabalho.
Hoje, nos bairros pobres de negros, por causa da criminalidade, boa
parte das lojas e dos mercados fechou as portas. (…)
Os negros, em geral, estão muito melhor agora do que há meio século, mas
os negros mais pobres estão pior.
O estado de bem-estar social, com toda a variedade de benefícios sociais
criados nas últimas décadas, não ajuda a aliviar a situação de pobreza dos
negros de hoje?
(…)
Há anos, os Estados Unidos subsidiam a desintegração familiar.
Quando uma adolescente pobre fica grávida, ela ganha direito a se
inscrever em programas habitacionais para morar de graça, recebe
vale-alimentação, vale-transporte e uma série de outros benefícios.
Antes, uma menina grávida era uma vergonha para a família.
Muitas eram mandadas para o Sul, para viver com parentes.
Hoje, o estado de bem-estar social premia esse comportamento.
O resultado é que nos anos da minha adolescência entre 13% e 15% das
crianças negras eram filhas de mãe solteira.
Agora, são 70%.
O salário mínimo, que as pessoas consideram uma conquista para os mais
desprotegidos, é uma tragédia para os pobres.
Deve-se ao salário mínimo o fim de empregos úteis para os pobres.
(…)
As ações afirmativas e as cotas raciais não ajudaram a promover os
negros americanos?
A primeira vez que se usou a ex-pressão “ação afirmativa” foi durante o
governo de Richard Nixon [1969-1974].
Os negros naquele tempo já tinham feito avanços tremendos.
Um colega tem um estudo que mostra que o ritmo do progresso dos negros
entre as décadas de 40 e 60 foi maior do que entre as décadas de 60 e 80.
Não se pode atribuir o sucesso dos negros às ações afirmativas.
(…)
Num país como o Brasil, onde os negros não avançaram tanto quanto nos
Estados Unidos, as ações afirmativas não fazem sentido?
A melhor coisa que os brasileiros poderiam fazer é garantir educação de
qualidade.
Cotas raciais no Brasil, um país mais miscigenado que os Estados Unidos,
são um despropósito.
Além disso, forçam uma identificação racial que não faz parte da cultura
brasileira.
Forçar classificações raciais é
um mau caminho.
A Fundação Ford é a grande promotora de ações afirmativas por partir da
premissa errada de que a realidade desfavorável aos negros é fruto da
discriminação.
Ninguém desconhece que houve discriminação pesada no passado e há ainda,
embora tremendamente atenuada.
Mas nem tudo é fruto de discriminação.
O fato de que apenas 30% das crianças negras moram em casas com um pai e
uma mãe é um problema, mas não resulta da discriminação.
A diferença de desempenho acadêmico entre negros e brancos é dramática,
mas não vem da discriminação.
O baixo número de físicos, químicos ou estatísticos negros nos Estados
Unidos não resulta da discriminação, mas da má formação acadêmica, que, por sua
vez, também não é produto da discriminação racial.
Qual o meio mais eficaz para promover a igualdade racial?
Primeiro, não existe igualdade racial absoluta, nem ela é desejável.
Há diferenças entre negros e brancos, homens e mulheres, e isso não é um
problema.
O desejável é que todos sejamos iguais perante a lei.
Somos iguais perante a lei, mas diferentes na vida.
Nos Estados Unidos, os judeus são 3% da população, mas ganham 35% dos
prêmios Nobel.
Talvez sejam mais inteligentes, talvez sua cultura premie mais a
educação, não interessa.
A melhor forma de permitir que cada um de
nós – negro ou branco, homem ou mulher, brasileiro ou japonês – atinja seu
potencial é o livre mercado.
O livre mercado é o grande inimigo da discriminação. Mas, para ter um
livre mercado que mereça esse nome, é recomendável eliminar toda lei que
discrimina ou proíbe discriminar.
O senhor é contra leis que proíbem a discriminação?
Sou um defensor radical da liberdade individual. A discriminação é
indesejável nas instituições financiadas pelo dinheiro do contribuinte.
A Universidade George Manson tem dinheiro público.
Portanto, não pode discriminar.
Uma biblioteca pública, que recebe dinheiro dos impostos pagos pelos
cidadãos, não pode discriminar. Mas o resto pode. Um clube campestre, uma
escola privada, seja o que for, tem o direito de discriminar.
Acredito na liberdade de associação radical. As pessoas devem ser livres
para se associar como quiserem.
Inclusive para reorganizar a Ku Klux Klan?
Sim, desde que não saiam matando e linchando pessoas, tudo bem.
O verdadeiro teste sobre o nosso grau de adesão à idéia da liberdade de
associação não se dá quando aceitamos que as pessoas se associem em torno de
idéias com as quais concordamos.
O teste real se dá quando aceitamos que se associem em torno de ideais
que julgamos repugnantes.
O mesmo vale para a liberdade de expressão.
É fácil defendê-la quando as pessoas estão dizendo coisas que julgamos
positivas e sensatas, mas nosso compromisso com a liberdade de expressão só é
realmente posto à prova quando diante de pessoas que dizem coisas que
consideramos absolutamente repulsivas.
O senhor exige ser chamado de “afro-americano”?
Essa expressão é uma idiotice, a começar pelo fato de que nem todos os
africanos são negros.
Um egípcio nascido nos Estados Unidos é um “afro-americano”?
A África é um continente, povoado por pessoas diferentes entre si.
Os vários povos africanos estão tentando se matar uns aos outros há
séculos.
Nisso a África é idêntica à Europa, que também é um continente, também é
povoada por povos distintos que também vêm tentando se matar uns aos outros há
séculos.
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